O cenário da cobertura vacinal no estado do Pará foi apresentado pela dra. Cleonice Aguiar, membro do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), durante o I Congresso Amazônico de Medicina e Inovação em Saúde. No evento, apoiado pela Sociedade Paraense de Pediatria (Sopape), a especialista também abordou os desafios para ampliar a vacinação infantil no estado; a crescente onda de hesitação vacinal; e como o pediatra pode contribuir para a adesão dos pais e familiares.
“A Sopape reconhece o importante papel que desempenha em levar informações de qualidade e conhecimento com base na ciência e desmistificar fake news sobre a vacinação infantil. Por esse motivo, estamos sempre atentos às oportunidades de diálogo com a população e nossos pares, além de intensificar e apoiar as campanhas e iniciativas que promovem a imunização e os bons hábitos para as crianças e seus familiares”, destaca a presidente da Sopape, dra. Vilma Hutim.
Durante a apresentação, dra. Cleonice ressaltou que um dos grandes desafios do Pará é a sua geografia: o estado é o segundo maior do Brasil, porém possui baixa densidade demográfica “Há pequeno quantitativo de pessoas distribuídas em lugares muito distantes entre si, que requerem logística desafiadora para conseguir promover a imunização. Além disso, temos muitas populações vivendo à margem de rios, que podem variar com períodos de “cheia e seca” em seu leito, dificultando o acesso à saúde”, apontou.
De acordo com a especialista, o estado também enfrenta a falta de recursos humanos, computadores e sinal de internet estável para a entrada de dados no sistema de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em tempo real. Outro problema crescente, segundo a especialista, é a hesitação vacinal que vem crescendo em velocidade maior que a conscientização sobre a importância da imunização.
“Precisamos voltar a defender as estratégias de imunização, nos colocar à disposição para esclarecimentos de dúvidas e conversar com os pais sobre a importância da vacina, retorno de doenças que podem ser prevenidas com vacina e sobre a responsabilidade que todo cidadão tem com o coletivo na sociedade. Uma discussão aberta sobre possibilidade de eventos adversos, sua frequência e manejo pode deixar os pais mais confiantes”, explicou.
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