Para debater o atual panorama de doenças respiratórias crônicas no País, o assessor de políticas públicas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Paulo Camargos, participou de assembleia promovida pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass). Durante o encontro, realizado no final de julho, em Brasília (DF), o especialista ressaltou a importância da fixação de estratégias governamentais para impedir o avanço desse grupo de patologias, cada vez mais prevalentes em adultos, adolescentes e crianças.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos próximos dez anos as doenças respiratórias crônicas representarão a terceira causa de mortalidade no mundo. Em alguns países, como no caso do Brasil, a estimativa é de que o índice será alcançado antes desse prazo. Dados do Ministério da Saúde revelam que, nos últimos cinco anos, o País gastou aproximadamente R$ 900 milhões somente em hospitalizações decorrentes de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
De acordo com o dr. Paulo Camargos, os programas de acesso a medicamentos considerados essenciais a preços mais baixos são algumas das boas iniciativas mantidas pelos governos para facilitar o tratamento das doenças respiratórias crônicas. No entanto, são necessárias outras medidas para o fortalecimento da assistência, em especial para diagnóstico e acompanhamento.
“É preciso constituirmos novas políticas públicas. A formulação de estratégias com foco na Atenção Primária evitará que boa parte dos recursos sejam desperdiçados, uma vez que o investimento em tratamento precoce e adequado já é capaz de reduzir a incidência dessas doenças em até 50%, em curto prazo. Esse deve ser um esforço conjunto de todos os gestores. Já temos profissionais capacitados e boa parte dos medicamentos necessários. É uma questão de decisão política”, salientou.
MINAS GERAIS – Após os debates na assembleia do Conass, dr. Paulo Camargos foi convidado a discutir junto à Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais a formulação de um projeto piloto para o acompanhamento de pacientes com doenças respiratórias crônicas, em 22 municípios daquele estado.
“Anos atrás, foi anunciado um projeto semelhante em Minas, mas que não teve prosseguimento. Agora, junto à atual gestão, estamos encampando os primeiros passos para concretizar uma iniciativa que se converta em benefícios práticos para a população”, comemorou.
Além de representar a SBP, o especialista também participou da reunião por indicação da Aliança Global Contra Doenças Respiratórias Crônicas (GARD/OMS), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação ProAR.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do Conass
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