Congresso também é espaço para o debate aberto de assuntos polêmicos. Por isso o 38º Congresso Brasileiro de Pediatria também foi palco para discussões de temas complexos que desafiam os consultórios clínicos pediátricos. O "Ponto e Contraponto" ocupou seis salas simultâneas durante a tarde de quinta-feira (12), apresentando opiniões distintas de especialistas, acerca dos temas: "Exercícios físicos: academia funcional e musculação na adolescência"; "Vacina HPV: duas ou três doses?"; "Himunoterapia subcutânea e sublingual em crianças com asma"; "Sangue nas fezes no lactante em aleitamento"; "Palivizumabe é para todos os recém nascidos prematuros" e "Imunoestimulantes orais: mito ou realidade".
Na avaliação dos participantes, a diferença, o contraste e a divergência são necessárias para a formação de conceitos sobre determinados assuntos em diversas áreas de conhecimento. Por isso, no debate normalmente tenta-se convencer o interlocutor em busca de parâmetros verdadeiros, cujo alvo deve ser dialético e não meramente retórico ou sofístico.
Segundo o dr. Renato Kfouri, coordenador de uma das mesas do "Ponto e Contraponto", a medicina, de uma maneira geral, tem sempre temas controversos, pois a ciência não permite, ainda, chegar em opiniões definitivas. "As diferentes visões de especialistas e experiências de trabalho são muito mais engrandecedoras quando se tem a oportunidade de compartilhar e discutir visões diferentes sobre o mesmo assunto, seja no âmbito da medicina privada ou pública, na prática diária, no uso de medicamentos, protocolos e diferentes serviços. A troca de informação e experiências faz com que a discussão seja muito útil na nossa rotina", argumentou.
Para o médico Gabriel Venturelli, que assistiu à apresentação do caso "Vacina HPV: duas ou três doses?", o tema serviu para esclarecer dúvidas que ele vivencia no cotidiano e deve ajudá-lo a tomar decisões de forma mais segura. "O espaço com opiniões antagônicas é bem interessante dentro do Congresso. No hospital também é assim, muitos pontos de vista, posicionamentos, mas quando a gente se depara com opinião de dois estudiosos que esgotaram o tema, as dúvidas acabam", explica.
Para a pediatra Adeir Brazileiro, a divergência é importante e ajuda a se posicionar diante dos pais, pois se conhece os dois lados. "Quando o pediatra se fecha na sua ideia, na sua verdade ele empobrece. Mas quando os colegas estudiosos falam, mesmo apresentando opiniões antagônicas, nesse momento você se enriquece e é capaz de oferecer soluções mais firmes aos pacientes".
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