Entidades médicas apontam uma retomada de interesse na especialidade, mas cobram melhores condições de trabalho
Por Daniel Camargos – 23 de julho de 2015
A crise enfrentada pelo Hospital Infantil João Paulo II (HIJP II), antigo Centro Geral de Pediatria (CGP), em Belo Horizonte, expõe novamente a falta de pediatras para atendimento de urgência na capital mineira. Embora entidades médicas observem uma retomada recente do interesse de residentes pela área, a realidade na porta das unidades de atendimento ainda é de reclamação. Na entrada do hospital infantil, uma faixa de pano resume o problema: “Caos no HIJP II. Escalas incompletas, médicos sobrecarregados, péssimas condições de trabalho. Por falta de profissionais serão priorizados os atendimentos às urgências graves”.
Na avaliação da presidente da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), Rachel Pitchon dos Reis, a crise no HIJP II gerou efeito cascata nas outras unidades de urgência e emergência da capital. A médica aponta que, numericamente, há pediatras suficientes em Minas Gerais. São 2.850 em todo o estado, sendo que 1.231 (45%) estão concentrados em Belo Horizonte, o que se enquadra na recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Rachel atribui a crise de atendimento na pediatria a uma falta de estruturação da rede. “Muitas vezes a mãe chega ao centro de saúde e não encontra pediatra. Recorre à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e também não consegue. Vai então a um hospital de referência, que fica sobrecarregado”, afirma.
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