O Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), promoveu na última semana um debate virtual sobre diabetes tipo 1. O evento faz parte do projeto “Encontro com o especialista” e teve como convidado o dr. Crésio Alves, presidente do Departamento Científico de Endocrinologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e coordenador do Serviço de Endocrinologia Pediátrica, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia.

Também fez parte do encontro Rebecca Ortiz La Banca, enfermeira da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras (SOBEP). O encontro contou, ainda, com a participação do público, através do envio de perguntas que foram respondidas pelos convidados.

NOÇÕES GERAIS - A iniciativa visa promover periodicamente webconferências com especialistas de referência na sua área de atuação, discutindo temas propostos pela equipe do Portal ou sugeridos pelo público cadastrado. Na ocasião, dr. Crésio buscou apresentar as noções gerais sobre diabetes mellitus tipo 1 para o público-alvo do evento, os profissionais de saúde.

“O diabetes tipo 1 é mais frequente em crianças, adolescentes e adultos jovens. E temos que nos atentar aos principais sintomas, que são: excesso de urina, de sede, de fome e perda de peso, mesmo com boa alimentação. Após o diagnóstico, as principais vias de tratamento são: insulina, alimentação saudável, atividade física, monitoração da glicemia e educação. É essencial a compreensão de que é necessário um processo de educação contínua sobre a doença”, analisa dr. Crésio.

Durante o evento, o médico apresentou também alguns dados importantes, como alguns do Atlas da Federação Internacional de Diabetes. Eles mostram, por exemplo, que o Brasil ocupa o terceiro lugar em incidência de novos casos, entre crianças e adolescentes de zero a 14 anos, perdendo somente para Índia e Estados Unidos.

“A partir de informações como essa, temos a noção da importância de falarmos sobre diabetes tipo 1 no Brasil. Por isso, atividades assim são importantíssimas. O tratamento para o diabetes não pode ser um bem manipulado por um profissional de saúde habilitado, mas, sim, humanizado, disseminado e compartilhado. Apesar de não ser uma doença curável, é tratável, e é possível viver longa e plenamente. Como tratamos de crianças e adolescentes, e a medicina avança a passos largos, devemos sempre manter a esperança. O futuro deles é muito promissor”, vislumbra o pediatra.

PORTAL – O Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/), da Fiocruz, é voltado para a prática clínica, e busca trazer para os usuários um olhar multiprofissional. Os eixos principais abordados são temas relacionados à saúde da mulher, da criança e dos adolescentes, nas suas ações de atenção de referência, ensino, pesquisa e apoio à formulação de políticas. O conteúdo é sistematizado e disponibilizado em diversas formas de apresentação: aulas, artigos comentados e vídeos com especialistas da área sobre os temas prioritários.