A hipoglicemia é o distúrbio metabólico mais frequente em neonatologia. Sua forma prolongada ou recorrente pode resultar em consequências neurológicas. Embora ainda existam controvérsias quanto à definição e ao tratamento e não haja consenso sobre quais seriam os recém-nascidos (RN) de risco, o Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria preparou um documento onde são abordadas as principais causas, diagnóstico e tratamento da hipoglicemia neonatal, a fim de oferecer aos pediatras informações atualizadas sobre o tema.
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No texto, os especialistas apontam que em RN, os sinais e sintomas de hipoglicemia podem variar de graves (letargia, insuficiência respiratória, apneia, parada cardíaca e outros) e mais leves, como choro anormal, agitação, tremores, irritabilidade e palidez. Essas manifestações são inespecíficas, segundo os médicos, podendo ocorrer em outras situações patológicas como infecções, anemia, distúrbio eletrolítico, acidose metabólica, cardiopatia.
Além disso, a hipoglicemia neonatal é classificada em transitória, com duração de algumas horas até 3 dias; e persistente com mais de 3 dias de duração. “Cerca de 50% dos episódios de hipoglicemia neonatal são transitórios e assintomáticos, 15% transitórios sintomáticos, 35% associados a outras doenças e apenas 2% são persistentes ou recorrentes”, diz o texto. No entanto, independentemente da causa, o reconhecimento imediato e o tratamento da hipoglicemia aguda são essenciais para prevenir suas complicações.
“Os exames de sangue e urina são informativos e diagnósticos se uma amostra crítica tiver sido coletada no momento da hipoglicemia e antes de iniciar o tratamento – cujo objetivo é normalizar a concentração de glicose no sangue a fim de reduzir o risco de problemas neurológicos”, destaca o documento.
Após a correção da hipoglicemia aguda, enquanto são aguardados os resultados dos testes de confirmação, os especialistas enfatizam que ações específicas devem ser tomadas para prevenir a recidiva. “Como recomendação geral, o jejum deve ser evitado e o fornecimento adequado de carboidratos deve ser mantido durante qualquer estresse metabólico e um plano de tratamento dietético personalizado com alimentação frequente são as intervenções mais comuns”.
IMPACTO - A hipoglicemia neonatal é um fator de risco comum, mas também tratável de comprometimento neurológico em crianças. “Porém, até 50% das crianças com distúrbios de hipoglicemia congênita persistente sofrem de deficiências de desenvolvimento neurológico em longo prazo. Embora essas associações entre hipoglicemia neonatal sintomática prolongada e lesão cerebral estejam bem estabelecidas, o efeito da hipoglicemia mais branda no desenvolvimento neurológico é incerto”, frisa o documento.
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