14/06/11- “O Hospital Municipal Piedade está sendo sucateado e isso é um crime!”. A afirmativa é do dr. Mário Costa, vice-presidente do Corpo Clínico da instituição. A solução é a “refederalização”, disse, em seguida ao abraço realizado ontem, em frente ao Hospital, por médicos, funcionários, pacientes, parlamentares e entidades como a SBP, o Conselho Regional de Medicina (Cremerj), o Conselho de Enfermagem, a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia e o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindisprev) do Rio de Janeiro. “A situação está muito clara. O prefeito esteve lá há cerca de um ano e constatou o caos. Mas nada ocorreu depois disso. Ao contrário, as coisas só pioraram. O Piedade é um Hospital de ensino e tem todas as características para voltar para a esfera federal. O Governo precisa assumir esta responsabilidade”, salientou.
“Cerca de 80% da população precisa do sistema público de saúde e não é possível permitir que um hospital com um serviço de excelência seja transformado apenas em apoio à emergência. As crianças, os adolescentes e suas famílias precisam de atendimento ambulatorial de qualidade, para que se faça a prevenção das doenças e se promova a saúde”, assinalou o dr. Eduardo Vaz, presidente da SBP, aproveitando para frisar o compromisso e o trabalho cuidadoso, tradicionalmente desenvolvido pela equipe da pediatria do Piedade comandada pela dra. Dulce Lucas.
Hoje “faltam insumos, equipamentos e pessoal. O Hospital está sendo desestruturado, e não podemos admitir isso”, enfatizou o dr. Sidnei Ferreira, da SBP e do Cremerj e que trabalhou no Piedade por 17 anos. Para se ter uma ideia, serviços como transplante de córnea, detecção precoce de câncer de mama e de próstata foram interrompidos porque os aparelhos estão desativados. “É um absurdo, um desserviço à população”, resumiu.
História – O Hospital Piedade nasceu privado, foi federalizado há cerca de 20 anos e depois municipalizado por força da organização do SUS. Em 2005, quando o presidente da República decretou estado de calamidade pública na saúde no Rio de Janeiro, outros hospitais passaram para a esfera federal e “hoje estão funcionando muito melhor, mas este não foi o caso do Piedade. Na verdade, cabe à prefeitura o atendimento básico e o de emergência. Mas o Piedade tem características diferentes”, ressaltou o dr. Mário. No ano passado, o Hospital foi certificado como “de Ensino” pela Comissão Interministerial (MEC e Ministério da Saúde), exatamente por seu perfil – de prestação de serviços de alta complexidade, formação de profissionais para o SUS (com alunos de Graduação e Residência Médica) e realização de pesquisas. “É uma instituição diferenciada”, que precisa “cumprir sua vocação”, sob pena de que “a população seja prejudicada em seu direito à saúde de qualidade”, finalizou o dr. Mário.
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