As responsáveis pelo curso para parteiras tradicionais do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (PRN-SBP), dra. Marynea Silva do Vale e dra. Rossiclei Pinheiro, marcaram presença no International Pediatric Association Congress (IPA 2019), realizado entre os dias 17 e 21 de março, no Panamá. Na ocasião, as especialistas foram convidadas a participar do curso “Helping Babies Breathe” para formação de instrutores, promovido pela Academia Americana de Pediatria (AAP).
De acordo com a dra. Marynea, o treinamento teve como objetivo fornecer atualização em técnicas de ressuscitação neonatal – baseadas no consenso divulgado pelo International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) em 2015 – para profissionais que atuam em condições de difícil acesso aos serviços de saúde.
“No Brasil, ainda há milhares de mulheres que dão à luz sem a ajuda de um médico qualificado em partos e assistência neonatal. Por isso, o Programa de Reanimação Neonatal da SBP está finalizando uma nova versão do seu curso para parteiras tradicionais. A nossa participação no “Helping Babies Breathe” teve justamente o intuito de modernizar o atual curso do PRN-SBP, a partir dos novos manuais e materiais utilizados pela APP”, informa.
Na oportunidade, a capacitação foi ministrada pela dra. Susan Niemeyer, integrante da AAP e uma das cientistas responsáveis pela elaboração das recomendações do ILCOR. Além de temas sobre ressuscitação, o treinamento abordou assuntos relacionados a atividades educativas e prevenção de infecção, com orientações sobre lavagem das mãos e higiene dos materiais utilizados na assistência do recém-nascido. Ao todo, cerca de 30 profissionais de diferentes países da América Latina e Caribe participaram do curso.
PRÓXIMOS PASSOS – Segundo as coordenadoras do PRN-SBP, dra. Maria Fernanda Branco de Almeida e dra. Ruth Guinsburg, as atuais taxas de mortalidade materna e neonatal ainda são inaceitáveis, e na maioria das vezes as mortes ocorrem em locais com poucos recursos.
“Após o fechamento de todo o conteúdo teórico do novo curso, terá início o processo de treinamento dos instrutores brasileiros e, posteriormente, a qualificação das parteiras. A intenção é levar o conhecimento para aquelas que atende em localidades onde os serviços convencionais de saúde não suprem a demanda de maneira efetiva, em especial na Amazônia Legal, interior do Nordeste e parte de Minas Gerais”, conclui.
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