Uma das queixas mais frequentes nas consultas pediátricas, as náuseas e vômitos podem ser sintomas de diferentes manifestações patológicas, como desidratação, desequilíbrio eletrolítico ou até mesmo indicar problemas mais graves. Para ajudar os pediatras a identificar as causas e adotar as medidas terapêuticas mais adequadas em cada caso, o Departamento Científico de Gastroenterologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um novo documento sobre o tema: “Evidências para o manejo de náusea e vômitos em pediatria”.
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Na publicação, são apresentados os principais aspectos da fisiopatologia da doença, com ênfase em aspectos do tronco cerebral – área responsável por controlar o processo – e nas quatro vias principais: sistema vestibular, zona do gatilho quimiorreceptora, sistema nervoso central e os nervos aferentes vagais e espinhais do trato gastrintestinal. “O sistema nervoso central desempenha papel importante na geração do vômito. Distúrbios psiquiátricos, estresse, odores e fatores psicológicos podem ocasionar seu desencadeamento”, aponta o texto.
Participaram da elaboração do documento os drs. Mauro Batista de Morais, Aristides Schier da Cruz, Ana Daniela Izotoni de Sadovsky, Katia Galeão Brandt, Marco Antônio Duarte, Matias Epifanio, Mauro Sergio Toporovski e Silvio da Rocha Carvalho, todos pertencentes ao Departamento Científico de Gastroentereologia da SBP.
DIAGNÓSTICO E CUIDADOS – De acordo com a publicação, durante a avaliação clínica, é fundamental que a anamnese e o exame físico ocorram de maneira integral, considerando o grande número de doenças que podem estar associadas a essa manifestação. O documento ressalta também que, embora a causa mais frequente de episódios agudos de vômitos seja a diarreia, diagnósticos diferenciais devem ser considerados, especialmente quando existir outros sinais de alerta, como vômito bilioso ou hemorrágico, meningismo, letargia, macro ou microcefalia, febre persistente e dor ou distensão abdominal.
O tratamento específico das doenças causadoras das náuseas e vômitos é o principal agente para o controle das manifestações gastrintestinais e recuperação clínica do paciente. Diferentes remédios também podem ser administrados como medida paliativa para o desconforto ou para controle sintomático. Nesse caso, o conhecimento sobre as vias e seus respectivos receptores é especialmente importante para a compreensão dos mecanismos de ação dos medicamentos.
O texto indica ainda que avaliações regulares nas manifestações iniciais são fundamentais para garantir que doenças graves não sejam negligenciadas e evitar o aparecimento de complicações como a desidratação. “O diagnóstico diferencial constitui um grande desafio na pratica diária. Na maioria das vezes, os vômitos são ocasionados por um quadro autolimitado. Entretanto, pode ser a manifestação inicial de várias doenças que podem requerer investigação e tratamento clínico ou cirúrgico de emergência”, alerta.
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