A partir de agora, a vacina
contra HPV passa a ser ofertada para os meninos de 11 até 15 anos incompletos
(14 anos, 11 meses e 29 dias). A ampliação da faixa etária
pelo Ministério da Saúde já foi comunicada às secretarias estaduais de saúde de
todo o país, e tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal nos adolescentes
do sexo masculino. A vacina contra o HPV para os meninos passou a ser
disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) em janeiro deste ano,
contemplando os meninos de 12 até 13 anos. Até o ano passado, era feita apenas
em meninas.
Com a inclusão desse público,
equivalente a 3,3 milhões de adolescentes, a meta para 2017 é vacinar 80% dos
7,1 milhões de meninos de 11 a 15 anos e 4,3 milhões de meninas de 9 a 15 anos.
Também terão direito a vacina, a partir de agora, homens e mulheres
transplantados e oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia. Além
disso, cerca 200 mil crianças e jovens, de ambos os sexos, de 9 a 26 anos
vivendo com HIV/aids, também podem se vacinar contra HPV.
O objetivo principal da
ampliação é aumentar a cobertura vacinal do HPV. Uma das estratégias será
apostar numa interface com o Programa Saúde na Escola, parceria do Ministério
da Saúde com o Ministério da Educação, atingindo, assim, a comunidade escolar,
pais e educadores. O Governo aponta o Estado de Santa Catarina e o município de
Niterói como exemplos positivos dessa iniciativa que, or meio de uma ampla
mobilização nas escolares, ampliou as coberturas vacinais contra o HPV.
Para conscientizar os meninos na busca da vacina, o Ministério da Saúde
planeja, para o próximo mês de julho, período de férias escolares, campanha
direcionada a este público, com o intuito de aumentar a cobertura nessa
população. Além disso, a vacina de HPV também fará parte do elenco de vacinas a
serem ofertadas na Campanha de multivacinação que acontecerá no período de 11 a
22 de setembro. O Dia D da campanha de vacinação será dia 16 de setembro.
COBERTURA VACINAL - Desde o início da
vacinação em 2014, até 2 de junho deste ano, foram aplicadas 17,5 milhões de
doses na população feminina de todo o país. Na faixa etária de 9 a 15 anos, no
mesmo período, foram imunizadas com a primeira dose 8,6 milhões de meninas, o
que corresponde a 72,45% do total de brasileiras nesta faixa etária. Receberam
o esquema vacinal completo, de duas doses, recomendado pelo Ministério da
Saúde, 5,3 milhões de meninas, o que corresponde a 45,1% do público-alvo.
Já em relação aos meninos, de
janeiro a 02 de junho deste ano, 594,8 mil adolescentes de 12 a 13 anos se
vacinaram com a primeira dose da vacina de HPV, o que corresponde a 16,5% dos
3,6 milhões de meninos nessa faixa etária que devem se imunizar.
ESQUEMA VACINAL - Meninos e meninas devem
tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para as
pessoas que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o
esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos
portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
A vacina disponibilizada no SUS é a quadrivalente e já é ofertada, desde 2014,
para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11,
16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.
Para os meninos, a estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de
pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV.
A definição da faixa etária para
a vacinação visa proteger meninos e meninas antes do início da vida sexual e,
portanto, antes do contato com o vírus. Vale ressaltar que os cânceres de
garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e
230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal e orofaringe
são atribuíveis à infecção pelo HPV. Nas meninas, o principal foco da vacinação
é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões
pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é
transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de
relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do
parto. (Com informações da Assessoria de
Imprensa do Ministério da Saúde)
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