O Conselho Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) negou recurso contrário à investigação sobre as falsas alegações da médica Maria Emilia Gadelha Serra a respeito da vacinação de crianças contra covid-19. O inquérito foi instaurado em agosto deste ano, após recebimento de representação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Com a decisão, o procedimento da Promotoria de Infância e Juventude segue em tramitação.
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Os membros do MPSP, Luciana Bergamo, Geraldo Rangel de França Neto e Lélio Ferraz de Siqueira Neto, consideraram que a médica, então candidata ao cargo de deputada federal por São Paulo, propagou notícias falsas em um post no Instagram ao afirmar que os imunizantes contra a covid-19 são "produtos experimentais" que provocariam "assassinato em massa".
Em agosto deste ano, em vídeo compartilhado em redes sociais, a médica emitiu falsas acusações contra a nota especial "Atualização sobre vacinas covid-19", elaborada pelo Departamento Científico de Imunizações da SBP e publicada no dia 25 de julho deste ano. O documento aborda a importância da vacinação infantil e alerta para o aumento de casos do coronavírus com a disseminação da variante ômicron e suas sublinhagens no Brasil.
Em resposta ao documento da SBP, ao falar sobre a imunização infantil contra covid-19, a médica afirmou que as pessoas devem estar "preparadas para ir ao velório" dos filhos e que, após se vacinarem, pessoas estariam “morrendo de mal súbito, infarto do miocárdio, AVC, derrame cerebral, doenças autoimunes e agora começando uma epidemia de câncer nunca antes vista".
Em resposta às falsas acusações, a SBP emitiu uma nota na qual repudiou as declarações da médica e afirmou que ela "promoveu a desinformação, por meio da disseminação de “fake news". Nesse sentido, a entidade reitera que é crucial combater toda e qualquer informação falsa que acentue o cenário de hesitação vacinal vivenciado nos últimos anos no País. Além disso, reafirma o papel de toda a sociedade e, primordialmente, de todos os pediatras e médicos, em geral, de disseminarem dados verdadeiros e com embasamento científico sobre a vacinação.
*Com informações do site do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP)
*Foto: Reprodução/GloboNews
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