A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) entregou ao Ministro da Justiça, Torquato Jardim, e a membros de sua equipe documentos produzidos pelo Departamento Científico de Adolescência que trata sobre questões relacionadas à violência e ao uso adequado da internet e das mídias digitais. O repasse foi feito durante oficina realizada em Porto Alegre (RS), promovida pelo Ministério da Justiça, no início de novembro, em que foi avaliada a Portaria nº1.189 de 3 de agosto de 2018, que regulamenta o processo de classificação indicativa.
Representantes da entidade têm acompanhado todos os encontros organizados pelo Governo em diferentes cidades para tratar desse assunto. Nos dias 13 e 14 de novembro, dra. Elizabeth Cordeiro Fernandes, do Departamento Científico de Adolescência da SBP, representou a SPB em evento que aconteceu em Recife (PE). A próxima oficina será nos dias 20 e 21 de novembro, em Manaus (AM).
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Nos encontros, também tem sido abordada a atualização do Guia Prático de Classificação Indicativa para o Audiovisual. As oficinas são abertas a pais e profissionais de todas as áreas que gostariam de compreender como é o processo de classificação indicativa das produções e os quais são as mudanças em relação ao Guia de 2012.
VIDEOGAME - De acordo com dra. Lilian Hagel, do DC de Adolescência da SBP e representante da instituição na oficina dos dias 6 e 7 de novembro, em Porto Alegre (RS), a principal modificação é acréscimo da classificação para os videogames/jogos de computador.
“Com relação a essa categoria não havia nenhuma grande preocupação. Isso era algo que a SBP questionava, porque entende que é importante chamar a atenção para os videogames. Observamos que desfecho de muitos desafios é a morte, se machucar, beber demais ou se cortar. São desafios que apresentam um risco de vida”, explica a pediatra, que, na oportunidade, fez o repasse dos textos ao Ministro da Justiça e ao Secretário Geral da Justiça.
Segundo ela, outro item, também de suma importância, é enfatizar a participação dos pais nesse processo. Na sua avaliação, os responsáveis devem estar atentos ao que as crianças assistem e jogam. “É um chamamento para que possam perceber o nível de violência que está acontecendo em determinada produção audiovisual e decidirem se permitem, ou não, que o filho assista”, enfatiza.
A pediatra afirma também que educadores, artistas, curadores, donos de galerias podem e devem participar dessas oficinas para saberem como esse processo da classificação acontece e poderem adequar os seus trabalhos.
“O desenvolvimento da criança e do adolescente necessita ser balizado pelo adulto responsável no sentido de orientação e adaptação. Com respeito às mídias digitais, por exemplo, há a questão de livre acesso e nem sempre isso é bom. Não tem um caráter de censura: é uma sugestão para que estejam mais atentos à adequação daquela obra à idade da criança. Portanto, a participação de todos nesse momento é fundamental para protegermos as crianças e adolescentes”, conclui.
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