Aumentar a conscientização e a educação, além de influenciar os governos e as pessoas para que se mobilizem em relação à causa é o objetivo do Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil, celebrado em 15 de fevereiro. Ciente da importância deste tema, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio do seu Departamento Científico (DC) de Oncologia, reforça a necessidade do diagnóstico precoce e realização do tratamento em centros de referência pediátricos, visando melhores resultados na vida adulta.

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“A atenção em Oncologia Pediátrica é diferente daquela realizada para pacientes adultos, em diversas questões como prevenção, tipos histológicos, estadiamento, diagnóstico e tratamento. Desse modo, se torna fundamental uma política específica para esses pacientes. O Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil é um importante momento para conscientização sobre o tema”, afirma a presidente do DC de Oncologia da entidade, dra. Denise Bousfield da Silva.

Os cânceres com maior incidência nas crianças e nos adolescentes, no Brasil, são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas. A dra. Denise explica que os sinais e sintomas do câncer nesta faixa etária são geralmente inespecíficos e não raras vezes, a criança ou o adolescente pode ter o seu estado geral de saúde ainda não comprometido no início da doença. Nesse contexto, ela ressalta a importância das consultas periódicas com o pediatra, visando o diagnóstico precoce da doença.

Além disso, segundo a especialista, é fundamental que a sociedade tenha ciência sobre os fatores de risco conhecidos para o câncer na idade adulta, como as exposições de longa duração a alimentação inadequada; a exposição à radiação ultravioleta sem proteção; o uso de tabaco e de álcool; a ausência da prática regular de exercícios físicos; a não-vacinação contra agentes infecciosos, como hepatite B e contra papilomavírus humano (HPV); e a prática sexual sem proteção.