De acordo com o presidente do Departamento de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Crésio Alves de Aragão, é importante que pais e pediatras estejamos atentos aos sintomas iniciais do diabetes em crianças e adolescentes. O alerta ganha força diante da chegada desse 14 de novembro, marcado como o Dia Mundial do Diabetes.
Pelos dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de incidência da doença. As estimativas indicam que cerca de 16 milhões de brasileiros já desenvolveram os estágios iniciais, mas apenas um terço do total recebeu o diagnóstico.
A falta de controle pode resultar em graves consequências, como retinopatia (perda parcial ou total da visão), doença renal, amputações, infartos e derrames. “A maioria dos pacientes relata poliúria (eliminação de grande volume de urina), polidipsia (sede excessiva), polifagia (fome intensa) ou perda de peso repentina. Na população pediátrica, a incidência da doença tem aumentado em torno de 3% ao ano. Algo que decorre da pandemia de obesidade e sedentarismo enfrentada na sociedade. O diagnóstico precoce é vital para propiciar uma vida com mais qualidade ao paciente”, salienta dr Crésio.
PÂNCREAS - Caracterizado por um distúrbio no pâncreas que altera a produção de insulina, o diabetes é responsável por elevar a quantidade de glicose no sangue. A doença pode se manifestar em dois tipos distintos: tipo 1 – geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, ocorre quando pouca ou nenhuma insulina é liberada pelo organismo; tipo 2 – quando o corpo não utiliza corretamente a insulina que produz, mais recorrente na fase adulta em pessoas acima do peso ou com fatores de risco, como pressão arterial, colesterol e triglicérides elevados.
A prática de exercícios físicos regularmente e o consumo de uma dieta balanceada, que inclua alimentos naturais em detrimento de produtos industrializados, fazem parte das orientações preventivas que devem ser adotadas desde a infância para evitar o surgimento da doença na fase adulta.
Como sugere o especialista da SBP, são necessárias políticas de Estado mais efetivas, com planejamento a longo prazo, que envolvam a educação da população e dos profissionais de saúde na atenção básica, além da implementação de equipes especializadas no assunto em centros de média e alta complexidade.
“Tendo em vista as diferenças regionais do Brasil na qualidade da assistência em saúde, é fundamental que a comunidade médica e sociedade civil pressionem as esferas governamentais para reforçar as políticas públicas relacionadas ao diabetes. O intuito deve ser garantir que esses indivíduos sejam adequadamente e gratuitamente tratados, em qualquer região ou cidade do País”, enfatiza.
*(Com informações da Sociedade Brasileira de Diabetes e do portal Fiocruz)
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