Estudos epidemiológicos relatam uma incidência de nove casos de cardiopatia congênita para cada mil recém-nascidos vivos, sendo considerada a principal causa de malformações congênitas na infância. Por isso, o Departamento de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou, nesta segunda (12) – data em que se comemora o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita –, uma nota especial sobre a doença e os avanços que o Brasil teve nos últimos 30 anos em relação ao diagnóstico e tratamento.
As cardiopatias congênitas são anomalias estruturais do coração que ocorrem na vida fetal e que podem afetar de formas variadas a função do sistema cardiovascular do feto, do recém-nascido ou da criança. “Este grupo de doenças apresenta grande heterogeneidade, tanto do ponto de vista anatômico e fisiopatológico quanto do ponto de vista de gravidade clínica, sendo que cerca de 50% destas cardiopatias são consideradas cardiopatias congênitas graves e necessitarão de algum tipo de tratamento especializado de alta complexidade logo nos primeiros dias de vida ou até o final do 1º ano de vida”, explicam os pediatras.
MUDANÇAS – De acordo com os especialistas, ocorreram grandes avanços nas últimas três décadas e ainda haverá mais com a incorporação de novas tecnologias no tratamento e do aprimoramento dos serviços terciários de alta complexidade em cardiologia e cirurgia pediátrica e neonatal. “Houve aumento expressivo do número de cardiologistas pediátricos e ecocardiografistas fetais e pediátricos em todo país. A implementação do teste do coraçãozinho como ferramenta de triagem de cardiopatia crítica reduziu o número de RN que recebiam alta das maternidades sem que se detectasse, em tempo adequado, a cardiopatia”, enfatizam os membros do DC de Cardiologia da SBP.
No entanto, os pediatras lembram que é preciso fazer ainda mais para reduzir as taxas de mortalidade infantil e que para isso acontecer é necessário garantir atendimento de qualidade a um número maior desses bebês, principalmente nas regiões mais distantes dos grandes centros.
“Neste dia 12 de junho de 2023, é preciso termos consciência de que houve muitos avanços no diagnóstico e tratamento das cardiopatias congênitas nos últimos anos, mas o Brasil pode muito mais. Ainda há muito o que fazer para atingirmos um nível de atendimento comparável aos países mais desenvolvidos”, concluem os pediatras.
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