Gerou relevante repercussão na imprensa nacional a nota emitida pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) que faz um alerta sobre os riscos relacionados à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de permitir a venda e aplicação de vacinas em farmácias e drogarias. Segundo a nota, disponível aqui, a medida banaliza o uso da vacinação e a torna mais um produto com finalidade comercial do que uma estratégia para a prevenção de doenças.

O tema foi abordado em reportagem exibida pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na última sexta-feira (12). Na matéria, a presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, reafirmou o posicionamento da entidade, ressaltando a necessidade da presença de um profissional qualificado para garantir a segurança dos pacientes durante a realização do procedimento. 

“Existe sempre a possibilidade da criança ou adolescente apresentar efeitos colaterais que precisam de intervenção médica. Além disso, existem doenças nas quais várias vacinas não podem ser aplicadas. Só quem possui esse conhecimento é o médico ou enfermeiro que trabalha em centro de imunizações”, explicou.

CONFIRA A REPORTAGEM EXIBIDA NO JORNA NACIONAL

http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2018/01/12.html

Já o secretário-geral da SBP, dr. Sidnei Ferreira, também falou sobre o assunto em entrevista veiculada também na edição de sexta-feira (12) do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com o especialista, a norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expõe a sociedade a riscos e, por isso, ainda este mês, deve ser realizada uma reunião para pedir que a decisão seja revista.

“Não estamos reivindicando que tenha médico na farmácia. O que não queremos é que a farmácia aplique vacinas. Quem decide o que fazer em caso de evento adverso é o médico. Existe o risco de um paciente dizer que está passando mal por causa da vacina, mas está enfartando, por exemplo”, disse.

CONFIRA A ENTREVISTA NA FOLHA DE S. PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/01/1949851-liberada-vacinacao-em-farmacia-e-drogaria-pode-ate-parar-na-justica.shtml