“Novo currículo traz mais qualidade para a assistência à criança”, diz chefe da pediatria do Hospital Pequeno Príncipe

Formação mais sólida para o profissional, atenção ainda mais qualificada para a criança e o adolescente. Esse o significado do novo currículo da Residência, para Victor Horácio de Souza Costa Júnior, coordenador do Programa e chefe da pediatria do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba. Na quinta-feira, dia 05, a instituição recebeu a visita do presidente …

Da esq. para a dir., Victor Horácio e Mara Lúcia Santos, médicos do Pequeno Príncipe; Dioclécio Campos Jr. (SBP/ GPEC); Silmara Possas, também do Hospital de Curitiba; Eduardo Vaz e Sandra Grisi (SBP).
Da esq. para a dir., Victor Horácio e Mara Lúcia Santos, médicos do Pequeno Príncipe; Dioclécio Campos Jr. (SBP/ GPEC); Silmara Possas, também do Hospital de Curitiba; Eduardo Vaz e Sandra Grisi (SBP). (Fotos Hospital Pequeno Príncipe)

Formação mais sólida para o profissional, atenção ainda mais qualificada para a criança e o adolescente. Esse o significado do novo currículo da Residência, para Victor Horácio de Souza Costa Júnior, coordenador do Programa e chefe da pediatria do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba. Na quinta-feira, dia 05, a instituição recebeu a visita do presidente da SBP, Eduardo Vaz, e dos diretores Dioclécio Campos Jr., representante da Sociedade no Global Pediatric Education Consortium (GPEC), e Sandra Grisi, que coordena a área de ensino na entidade.

“Foram realizadas reuniões com a direção do Hospital, com preceptores e com residentes. Ficou claro o compromisso da Sociedade com a qualidade do treinamento dos futuros profissionais. Também foi abordada a situação da pediatria em geral, a necessidade de mais valorização por parte dos planos de saúde, de inserção do médico especialista no crescimento e no desenvolvimento de crianças e adolescentes na Estratégia Saúde da Família, de maior investimento governamental nos programas voltados para a população infanto-juvenil. Todos gostaram muito e já estamos programando uma próxima visita”, adianta o dr. Victor Horácio.

Vantagens

Para o chefe da pediatria do Pequeno Príncipe, o Currículo Global – elaborado pelo GPEC e base da nova formação proposta pela SBP – trará mais facilidade para a realização de estágios em outros países, além de reconhecimento internacional. O dirigente também elogiou a avaliação que proporcionará aos residentes do novo programa a obtenção do Título de Especialista em Pediatria (TEP) com provas anuais de conhecimento.

Na conversa com os residentes, dúvidas foram esclarecidas. Perguntado sobre o aumento do tempo de treinamento, que passou de dois para três anos, dr. Eduardo Vaz salientou que, “ao investir em uma formação mais completa, o profissional terá mais vantagens até economicamente, com melhores oportunidades de trabalho. É importante não ser imediatista, e pensar nos cerca de 30 anos que em geral dedicamos à nossa carreira, a cuidar das crianças”.

Dirigindo-se aos 24 futuros pediatras de Curitiba – 12 que acabam de iniciar a Residência e 12 que estão no segundo ano –, dr. Dioclécio Campos Jr. frisou: “Fico muito feliz em ver integrantes da nova geração médica do Brasil comprometidos com a causa dos cuidados a serem dispensados à criança e ao adolescente. Parabéns pela decisão e tenho certeza que levarão essa bandeira adiante, defendendo o respeito por uma profissão de alta complexidade”.

Valorização

As mudanças na Residência em Pediatria são resultado dos esforços da SBP em duas frentes.  De um lado, depois de muitos anos de luta, a entidade conseguiu que a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)/ MEC aumentasse o tempo do treinamento para três anos, com atualização do conteúdo, então bastante defasado. O Brasil era o único país da América do Sul e um dos poucos do mundo que ainda formava o pediatra em apenas dois anos. De outro, a Sociedade vem participando ativamente de articulação mundial, integrando o GPEC, aliança que representa mais de 50 países e elaborou proposta de currículo extremamente avançada, atualizada cientificamente, fazendo do país pioneiro em sua implantação. “Tudo isso é parte de um projeto que vem valorizando a profissão”, frisa o dr. Eduardo Vaz.

Um dos onze Programas que já oferecem o treinamento em três anos com a lógica do currículo do GPEC, o Pequeno Príncipe é uma instituição filantrópica, referência nacional em assistência, ensino e pesquisa relacionados à saúde infanto-juvenil. É também um dos poucos hospitais exclusivamente pediátricos da América do Sul. “Tem um programa de Residência Médica em Pediatria que é um dos mais completos e seguramente está formando profissionais que saberão responder aos desafios da pediatria contemporânea”, assinala Sandra Grisi.