O Departamento Científico de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Pediatria publicou nesta semana o documento científico “Avaliação da criança com sopro cardíaco”, abordando questões que devem ser questionadas na anamnese; o que se deve avaliar no exame físico e quais os tipos de sopros inocentes. De acordo com o texto, o sopro cardíaco é a principal causa de encaminhamento das crianças aos cardiologistas pediátricos e decorre de turbulência do fluxo sanguíneo, podendo ser fisiológico ou patológico.
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A doença muitas vezes se origina do fluxo sanguíneo normal sem anormalidade estrutural no coração, que é chamado de sopro inocente. Diante de uma criança com sopro, o pediatra tem que fazer o diagnóstico diferencial entre sopro inocente e patológico. “O exame clínico é o principal pilar na avaliação da criança com sopro. Anamnese detalhada, exame físico sistematizado e completo são fundamentais para uma avaliação diagnóstica adequada de uma criança com sopro”, afirma o documento.
ANAMNESE – O documento indica, por exemplo, que durante a anamnese é o pediatra questione condições que estão associadas às doenças cardíacas; história pessoal de condições associadas a cardiopatias congênitas como doenças genéticas, doenças do tecido conectivo, erro inato do metabolismo e má-formação em outros órgãos; história de doenças associadas a cardiopatias adquiridas como doença de Kawasaki e febre reumática; entre outros.
Já o exame físico precisa ser detalhado e sistematizado, recomendam os especialistas. Inicialmente, deve-se avaliar o estado geral, a atividade, a coloração da pele e as características fenotípicas. Os dados antropométricos e os dados vitais como frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e saturação periférica de oxigênio devem ser aferidos e comparados aos valores normais para faixa etária.
SOPRO INOCENTE – Em relação ao sopro inocente, o Departamento indica suas principais características: sopro sistólico, suave, de curta duração, com timbre vibratório ou musical, que muda de intensidade com a posição, sendo mais intenso com a criança em posição supina.
“A criança assintomática com sopro cardíaco e com as seguintes características: sistólico, muda de intensidade com a posição, curta duração, sem estalidos ou galope, sem irradiação e baixa intensidade provavelmente tem um sopro inocente. Cabe ao pediatra decidir se encaminhará o paciente ao especialista, se solicitará um ecocardiograma ou as duas condutas. O ecocardiograma como todo exame complementar deve ser analisado sempre fazendo correlação com os dados clínicos”, aponta o texto.
O DC de Cardiologia é composto pelos drs. Patrícia Guedes de Souza (presidente); Marcia Fernanda da Costa Carvalho (secretária); Jorge Yussef Afiune; Cleusa Cavalcanti Lapa Santos; Adriana Chassot Bresolin; Maria de Fátima Monteiro P. Leite; e Patrícia Martins Moura Barrios.
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