A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), através do Departamento Científico de Reumatologia, acaba de publicar o documento científico “Síndrome da Hipermobilidade Articular Benigna (SHAB)”. O texto busca esclarecer os principais pontos sobre a síndrome, como: incidência, manifestações clínicas, causas, diagnóstico, tratamentos disponíveis, prognóstico para os pacientes, dentre outras questões.
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A SHAB é uma condição clínica na qual as articulações possuem uma maior amplitude em seus movimentos, porém, isso não representa uma doença estabelecida. Dessa forma, existem indivíduos considerados hígidos e outros com doenças que, quando se mensuram as angulações de movimentos articulares (goniometria), apresentam articulações hipermóveis em relação a um parâmetro considerado normal. As crianças e adolescentes, que não apresentam doença subsistente, são considerados portadores da SHAB.
Por ser uma condição pouco pesquisada em consultas médicas rotineiras, não há informações precisas sobre a sua incidência e prevalência, mas acredita-se que afeta de 10% a 20% dos indivíduos em algum grau, em uma ou mais articulações. Além disso, é mais comum no sexo feminino; em crianças e adolescentes, principalmente na Ásia e na África; tende a regredir com a idade; e possui certa característica hereditária.
Essa síndrome pode ser, clinicamente, apenas um achado do exame musculoesquelético sem qualquer tipo de sintoma. Porém, as manifestações mais frequentes são dor articular (artralgia) ou dor musculoesquelética em regiões periarticulares (tendões, ligamentos e bursas), mais notadamente após esforço ou exercício físico e mais frequentemente à noite. Por isso, o diagnóstico de SHAB é clínico, realizado a partir da história clínica e exame físico, e não existem exames laboratoriais ou de imagens que o confirmem.
Os especialistas da SBP indicam que o tratamento deve ser sempre individualizado, levando-se em conta as queixas sintomáticas clínicas e os exames físicos. A partir de orientações, primeiramente, de um pediatra geral, que poderá encaminhar o paciente ao reumatologista pediátrico, ortopedista pediátrico, geneticista, cardiologista pediátrico ou outro especialista.
O Departamento Científico de Reumatologia é composto pelos médicos: Clovis Artur Almeida da Silva; Maria Odete Esteves Hilário; Adriana Rodrigues Fonseca; Claudia Saad Magalhães; Flavio Roberto Sztajnbok; Margarida de Fátima Fernandes Carvalho; e Paulo Roberto Stocco Romanelli.
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