Novo documento científico da SBP aborda o papel do pediatra e a das equipes multidisciplinares de Terapia Nutricional

O Departamento Científico de Suporte Nutricional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta segunda-feira (1º) o documento “O pediatra e as equipes multidisciplinares de Terapia Nutricional”. Segundo os especialistas, cabe à Equipe de Tera­pia Nutricional prover nutrição otimizada para todos os pacientes, especialmente os que neces­sitam de vias enteral e parenteral para suprir suas necessidades, promovendo um impacto positivo, além da manutenção do crescimento e desenvolvimento, promovendo menor número de dias de internação, menor uso de antibióticos e redução de custos.

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“Num estudo que avaliou crianças de um a 60 meses de idade internadas em dez hospitais uni­versitários brasileiros, observou–se que 16,3% das crianças internavam já com desnutrição mo­derada ou grave e 30% com baixa estatura, sem diferença significante na alta hospitalar. Interessante observar que somente 56,7% dos prontuários revisados continham in­formação sobre o estado nutricional da criança”, explicam os pediatras.

Visando a redução da morbimortalidade hos­pitalar e o desenvolvimento da terapia nutri­cional especializada (nutrição enteral, nutrição parenteral, fórmulas especiais e suplementos alimentares), a aborda­gem multidisciplinar do paciente tem se tornado cada vez mais essencial. Essas equipes, que devem ser compostas por médicos, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e fo­noaudiólogos, são responsáveis pela avaliação nutricional, determinação das necessidades nu­tricionais do paciente e a prescrição da terapia nutricional, bem como o treinamento e a orien­tação de outros profissionais envolvidos com o paciente.

Frequentemente a equipe se assessora de psicólogos, assistente social e outros profis­sionais que complementam, quando necessário, a atenção à criança que necessita Terapia Nutri­cional. “O Suporte Nutricional Pediátrico tem evoluído muito tecnicamente ao longo dos anos. Trata-se de área altamente especializada e muito pouco abordada no curriculum médico e residência pe­diátrica”, destacam os especialistas.

O documento cita ainda as Por­tarias com Regulamentos Técnicos do Ministério da Saúde, que fixam requisitos mínimos exigidos para se praticar a terapia nutricional enteral e parenteral.

Participaram da elaboração do documento os drs. Rubens Feferbaum; Izaura Merola Farias; Ary Lopes Cardoso; Christiane Leite Chaves; José Vicente Noronha Spolidoro; Monica Chang Wayhs; Tania Mara Perini Dilem; e Vanessa Y. Salomao W. Liberasso