Considerado um dos exames mais solicitados na rotina do pediatra, o hemograma e o mielograma são temas do novo documento científico “Interpretação do Hemograma e do Mielograma pelo Pediatra”, divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). No material, a entidade discute criticamente e fornece informações que colaboram com a correta interpretação desses exames, entendendo que um erro nesses processos pode comprometer o curso da avaliação do paciente.
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Elaborado pelo Departamento Científico de Hematologia e Hemoterapia, o texto enfatiza que o grande desafio na interpretação do hemograma é o reconhecimento e interpretação de alterações que, mesmo sutis, podem corresponder a uma doença sistêmica grave. Os especialistas esclarecem que, para uma melhor leitura desse exame, é essencial compreender que ele é o produto do que ocorre na medula óssea ou no ambiente extramedular, seja no sangue periférico, no baço ou no fígado.
Já o mielograma é o resultado da punção aspirativa da medula óssea, sendo indicado apenas quando o conjunto de alterações clínicas e hematológicas sugere doença associada a um distúrbio de origem medular. O documento frisa que, por ser um exame invasivo, mesmo sendo realizado na maioria dos casos com sedação apropriada, causa grande angústia nos pais dos pacientes. Por isso, é fundamental que o médico avalie em quais aspectos ele contribuirá para o diagnóstico. O material destaca, ainda, que “para o pediatra mais importante do que interpretar o mielograma, é saber quando indicá-lo adequadamente”.
Dessa forma, é fundamental uma avaliação conjunta do hemograma e dos reticulócitos associados aos achados clínicos para a indicação do exame de forma apropriada. Caso seja de fato necessário, é fundamental uma interpretação considerando a correlação entre o quadro clínico, idade e o hemograma do paciente.
A partir do espectro de informações que o mielograma pode fornecer, os especialistas indicam que uma efetiva contribuição para o diagnóstico definitivo em pediatria depende diretamente da suspeita clínica associada aos achados observados no hemograma. O texto informa que o exame “na grande maioria das vezes, isoladamente, com exceção das leucemias agudas, e talvez de alguns casos infecciosos como a leishmaniose visceral, não permitirá a conclusão diagnóstica”.
O Departamento Científico de Hematologia e Hemoterapia da SBP é composto pelos seguintes especialistas: dra. Josefina Aparecida Pellegrini Braga; dra. Isa Menezes Lyra; dra. Cecilia Fernandes Lorea; dra. Liane Esteves Daudt; dr. Lisandro Lima Ribeiro; dr. Pablo Santiago; dr. Paulo Ivo Cortez de Araújo; dr. Paulo José Medeiros de Souza Costa; dra. Rosana Cipolotti; dra. Sandra Regina Loggetto; e dra. Maria Lucia Lee.
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