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Sífilis congênita é o tema do novo podcast desta quinta-feira (18), que vai ao ar na página da revista Residência Pediátrica (RP). O tema está em consonância com o Dia Nacional de Combate à Sífilis, celebrado no terceiro sábado do mês de outubro, e é abordado pela infectologista pediátrica, dra. Márcia Galdino Sampaio, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos houve uma elevação importante na taxa de incidência de mortalidade ocasionada pela doença. “A sífilis congênita é uma infecção causada pela disseminação hematogênica do Treponema pallidum da mãe para o seu concepto. Um dos fatores de risco mais importantes para aquisição de sífilis congênita é a ausência ou baixa do cuidado pré-natal”, explica a especialista.

Dra. Márcia diz que a taxa de transmissão vertical da sífilis em mulheres não tratadas é de 70% a 100% durante os primeiros quatro anos em que a doença é adquirida, podendo causar a morte fetal ou perinatal em 40% das crianças.

“A maioria das crianças com a infecção é assintomática ao nascimento e, se não tratadas, poderão apresentar formas graves da doença nos primeiros meses de vida. O diagnóstico de sífilis congênita permanece complicado, pois a maior parte dos testes sorológicos na criança detectam anticorpos da classe IgG, que podem ser adquiridos por vias transplacentárias de origem materna, podendo não significar infecção fetal”, observa.

A única droga com eficácia comprovada na gestante e na criança com sífilis, segundo a infectologista, é a penicilina g de uso parenteral, isto é, benzatina procalina cristalina. “É importante documentar o tratamento da gestante e seu parceiro no cartão do pré-natal e, para as gestantes positivas, o VDRL deverá ser colhido mensalmente para documentação da queda dos títulos”, frisa a dra. Márcia Galdino.

PRÓXIMO PROGRAMA – Na próxima quinta-feira (25), o dr. Abelardo Bastos Pinto Júnior, do Departamento Científico de Saúde Escolar da SBP, falará sobre bullying. Outros temas estão em fase de produção e abordarão os cuidados paliativos, as dificuldades de aprendizagem, entre outros temas.

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