As definições e as formas de tratamento da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo Pediátrica (SDRAP) foram apresentadas em documento científico publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Elaborado pelo Departamento Científico de Terapia Intensiva da instituição, o estudo busca esclarecer e orientar os pediatras sobre as principais características da doença, com base no Pediatric Acute Lung Injury Consensus Conference (PALICC).
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De acordo com a publicação, a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) pode afetar tanto adultos quanto crianças. No entanto, foi observado que, em razão das diversas diferenças anatômicas e fisiológicas, as definições de SDRA em adultos não são aplicáveis em crianças. A partir disso, foi necessário aplicar definições específicas para a pediatria, de forma que os pacientes sejam conduzidos da maneira mais adequada às suas necessidades.
Nas crianças, a doença pode apresentar as seguintes características: formação incompleta da cartilagem; aumento da resistência da via aérea; e maior complacência da parede torácica, em vista de ossificação incompleta das costelas. O texto aponta também maior risco de remodelação vascular pulmonar; reserva muscular respiratória mais dependente do diafragma; baixa capacidade residual funcional (CRF); e altos requerimentos metabólicos.
Entre os critérios diagnósticos adotados, os médicos devem observar: tempo (excluindo pacientes com doença pulmonar relacionada ao período perinatal), origem do edema, imagem radiológica, oxigenação e fundamentos direcionados para populações específicas com doença cardíaca congênita, doença pulmonar crônica e disfunção ventricular esquerda.
CAUSAS - A SDRA pode se manifestar de forma primária ou secundária, sendo causada por agressão pulmonar direta ou por agressão indireta, respectivamente. No caso da primária ou pulmonar, envolve as infecções pulmonares por quadros virais – como, por exemplo, os vírus influenza, H1N1, síndrome respiratória do Oriente Médio pelo coronavírus, entre outros – ou bacterianos, causados por agentes etiológicos de pneumonia adquirida na comunidade. A forma secundária (ou extrapulmonar) da doença se refere a pacientes com sepse que receberam transfusões maciças de hemoderivados, queimaduras, trauma múltiplo e choque hemorrágico.
Por fim, os especialistas apontam ainda as recomendações terapêuticas para a síndrome, consideradas a partir das informações mais recentes do PALICC. O documento apresenta os principais tratamentos, as evidências mais atuais sobre a efetividade e quais as considerações do PALICC para cada caso. O Departamento Científico de Terapia Intensiva é composto pelos médicos drs. José Roberto Fioretto (presidente), Norma Suely Oliveira (secretária), Carolina Friedrich Amoretti, Cristian Tede Tonial, Katia de Oliveira Harada, Marcelo Barciela Brandão, Paula de Almeida Azi, Paulo Ramos David João, Regina Grigolli Cesar, Ricardo Maria Nobre Othon Sidou e Sandra Lange Zaponi Melek.
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