A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta pais e responsáveis sobre a necessidade de ficarem atentos aos sintomas da tuberculose em crianças. Estudo recente publicado pela Stop TB Partnership, instituição vinculada ao Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS/ONU), mostra que as medidas de isolamento social podem levar a 6,3 milhões de novos casos e 1,3 milhão de mortes a mais pela doença até 2025, já que muitos pacientes não serão diagnosticados nem tratados por causa da pandemia.
Diante dessa previsão, a presidente do Departamento Científico de Pneumologia da SBP, dra. Maria de Fátima Bazhuni Pombo Sant'Anna, reforça a recomendação pela busca por diagnóstico, acompanhamento e tratamento da doença para as crianças.
“É essencial que compreendamos que os casos de tuberculose não estacionaram por conta da Covid-19. Porém, nos primeiros meses da pandemia vimos uma grande queda na busca pelos postos de saúde e, consequentemente, nos diagnósticos. Isso é muito preocupante e temos que alertar os pediatras e a população em geral para que não deixem de lado essa preocupação”, destaca.
Vale destacar que do total de 95.498 novos casos de tuberculose diagnosticados no ano de 2019, 8.005 (8,3%) acometeram crianças e adolescentes, menores de 19 anos, segundo dados do Ministério da Saúde/DATASUS. O tratamento para a doença é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS), durando, em média, seis meses.
“A tuberculose é uma questão séria de saúde pública no Brasil e as crianças, especialmente até os 10 anos, são vítimas dos adultos, que as contaminam. Por isso, a vacinação (BCG) deve ser feita logo que a criança nasce, já que apesar de não proteger em relação à doença em sua forma pulmonar, protege contra as suas formas mais graves” alerta. Dra. Maria de Fátima explica que em caso de sintomas como tosse seca e febre esporádica, porém persistente, o recomendado é buscar logo um pediatra.
Segundo ela, o diferencial da tuberculose é que o quadro clínico dura mais tempo, cerca de 15 a 20 dias, enquanto outras doenças respiratórias têm uma evolução mais rápida. “Infelizmente, a grande aliada dessa doença crônica é a pobreza, que proporciona casas onde muitas pessoas vivem em um mesmo espaço e há falta de ventilação”, afirma.
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