Por Marta Paes – publicado em 25 de outubro de 2016.
André tinha apenas três meses de vida quando a pediatra observou que havia um achatamento na base do crânio dele. O bebê se desenvolvia normalmente, e a única coisa que os pais haviam reparado era que ele costumava virar a cabecinha sempre para o mesmo lado quando dormia. O diagnóstico de torcicolo congênito veio após a consulta com uma fisioterapeuta, que também recomendou que se fizesse exames para saber se havia plagiocefalia, como é chamada a assimetria do formato do crânio.
(…) – Crianças com crânio assimétrico podem ter plagiocefalia posicional ou plagiocefalia associada a craniossinostose – a fusão precoce de ossos do crânio. O capacete pode ser usado nos dois tipos de plagiocefalia. Diante de um bebê com cabeça assimétrica, é preciso responder a três perguntas: A assimetria do formato da cabeça estava presente ao nascimento? Se estivesse, há uma chance de que o paciente tenha craniossinostose, a qual requer avaliação por neurocirurgião, uma vez que muitos casos exigem tratamento cirúrgico. Deve-se ter em mente que alguns recém-nascidos com cabeça assimétrica têm apenas torcicolo congênito, o qual se acompanha de plagiocefalia. Se a resposta for negativa, passamos à segunda pergunta; a assimetria da cabeça mostra as características típicas da plagiocefalia posicional? Essas características incluem abaulamento da fronte no lado oposto, deslocamento para a frente da orelha no mesmo lado do achatamento da região occipital, ossos cranianos móveis à palpação etc. Se a resposta for positiva, passamos à terceira pergunta; qual o grau de assimetria da cabeça? Estima-se o grau de assimetria através de várias medidas do diâmetro da cabeça. Se a assimetria for considerada grave, o capacete pode estar indicado – explica Márcio Moacyr de Vasconcelos, presidente do Departamento Científico de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
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