Poesia e cooperação na estréia do Teatro da ABP

Convivência, cooperação, criatividade, expressão das individualidades e trabalho coletivo. Este o exemplo do Grupo de Teatro da Pediatria Brasileira, que fez sua estréia no último sábado, 13 de dezembro, no Rio de Janeiro. “Esperamos estar plantando uma semente, que possa ser levada às filiadas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)”,  disse o coordenador, dr. Reinaldo …

Convivência, cooperação, criatividade, expressão das individualidades e trabalho coletivo. Este o exemplo do Grupo de Teatro da Pediatria Brasileira, que fez sua estréia no último sábado, 13 de dezembro, no Rio de Janeiro. “Esperamos estar plantando uma semente, que possa ser levada às filiadas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)”,  disse o coordenador, dr. Reinaldo Menezes, em nome da Academia Brasileira de Pediatria (ABP). Formado por alunos de escolas públicas e particulares, com idades que variam de nove a 14 anos, os 13 primeiros integrantes trabalharam pouco mais de três meses e, sob a direção cuidadosa de Marília Martins, emocionaram a platéia de pediatras – entre os quais os drs. Dias Rego e Julio Dickstein, da ABP, Rachel Niskier, da SBP, e Paulo César Guimarães, da Unimed-Petrópolis –, funcionários da SBP e familiares dos novos atores. Na apresentação, textos de poetas como Manuel Bandeira, Manuel de Barros, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles e músicas de Bach, Tom Jobim, Chiquinha Gonzaga, Chico Buarque.

Os ensaios ocorrem semanalmente no Memorial da Pediatria, no Cosme Velho e o processo já foi muito “rico em aprendizado e amadurecimento”, comentou Marília. É também o que pensam mães, pais e as próprias crianças: “Eu era muito fechada, tímida e estou mais feliz”, garantiu Nicole, de 12 anos. “Hoje sei me expressar”, empolgou-se Daniele Cristina, de 10 anos, com a concordância da mãe, Penha, que viu também crescer muito o interesse da filha por poesia. “Aprendi palavras novas”, afirmou Maria Eduarda, nove anos, que já gostava de Cecília Meireles e agora também é fã de Manoel de Barros. “Estou ficando mais responsável”, admitiu Bruna Borges, de 10 anos, com a concordância da mãe, Maria de Fátima Oliveira: “até nos estudos ela se desenvolveu mais”. Foi o que ocorreu também com Sofia, de oito anos: “Agora, quando fico nervosa em uma prova da escola, respiro fundo e tento me acalmar”.

Com 16 anos de experiência na área, Marília comemorou o bom começo: “Foram lançadas as bases para um trabalho bem afinado, em 2009”. E ganhou os entusiasmados aplausos de todos, entre os quais a funcionária Ednalva Machado, a quem dr. Reinaldo agradeceu, assim como aos demais funcionários da Sociedade, aos colegas da Comissão do Memorial, às diretorias da Sociedade e da Academia e à Unimed-RJ, que apóia o projeto.

Com Poesia e Afeto
Ficha técnica

Atores:
Bruna de Oliveira Borges
Daniele Cristina Gomes
Eduarda Santos Martins da Silva
Isabel Cezar Ebert
Iwin Monã Veloso Penchel
Júlia Serrato Rocha Lima
Mariana Cezar Ebert
Maria Eduarda Guigues Paschoa de Oliveira
Nátalia Alves Carraro
Nicole Paz da Silva
Paloma Cristine Soares Sampaio
Sophia Meir Azevedo Moreyra
Vitória de Luna Machado

Direção Artística e Roteiro: Marília Martins
Textos: Manuel Bandeira, Manoel de Barros, Vinicius de Moraes e Cecília Meirelles.
Trilha Sonora: Leo Tucherman
Orientação de Figurino: André Vital
Luz: Íris Iluminação
Filmagem: Gustavo Gelmini

Marília Martins é atriz e bacharel em artes cênicas, com habilitação em direção teatral, formada pela UNIRIO. É atriz da Cia. Teatral do Movimento (CTM), dirigida por Ana Kfouri, desde 1993, e diretora de Os Cênicos Cia. de Teatro, fundada em 2000. Orientou oficinas de interpretação e direção na Faculdade Cândido Mendes (95-96), na UERJ (97-2000) e no Centro de Estudo Artístico Experimental no SESC-TIJUCA (2001-2008). Dirigiu As Pulgas, de Cunha de Leiradella,Explícito1440 minKafkamachineNU e a performance Inumano, assinando também os roteiros. Como atriz, trabalhou com Moacyr Góes, Gilberto Gawronski, André Paes Leme, Marco André Nunes, José Dacosta, Alexandre Mello, Luiz Furlanetto e com a diretora italiana Sílvia Pasello, entre outros. Na CTM, atuou nos espetáculos: A Lua que me instruaDizem de mim o diabo,AldeiaVolúpiaGulaFluxo e Preguiça, todos com direção de Ana Kfouri. Protagonizou os curta-metragens: Amor, de Henrique Andrade, Simpatia é amor, de Jorge Monclar e Tupi-Tour, de Cléber Alves. Foi editora assistente da revista de teatro O Percevejo da UNIRIO, através de bolsa da FAPERJ. Em 2008, atuou no espetáculo Lobo da Estepe, com o ator Ricardo Blat e na peça A verdade de M, de Luciana Guerra Malta. (Contatos: [email protected] e[email protected] )