O Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (PRN-SBP), por meio da Sociedade Amazonense de Pediatria (SAPED), capacitou mais 14 médicos no curso especifico para o atendimento de recém-nascidos maiores que 34 semanas. A formação aconteceu em Tabatinga, interior do Amazonas. As aulas ocorreram no final de abril, no Hospital de Guarnição do município (HGuT), que integra a estrutura do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro.

Segundo dados do último levantamento feito em março, desde maio de 2016, o PRN-SBP treinou, na Região Norte, 784 médicos no curso de Reanimação Neonatal; 627 no curso para profissionais de saúde; 101 no curso de reanimação do prematuro; e 269 no de transporte do recém-nascido de alto risco. Para conhecer mais sobre os cursos oferecidos pelo PRN-SBP, acesse o site sbp.com.br/reanimação/

Entre os profissionais capacitados em Tabatinga, em abril, estão os médicos da Maternidade Enfermeira Celina Villatrez Ruiz – responsável pelo atendimento a gestantes e recém-nascidos do Alto Solimões – e do próprio do HGuT, referência no tratamento dos pacientes de média e alta complexidade da microrregião do Alto Solimões.

Em virtude de sua localização, na tríplice fronteira com Colômbia e Peru, as instituições atendem ainda cidadãos dos países vizinhos. Estiveram presentes também profissionais da Central de Regulação, localizada na cidade. Dentre os participantes, havia dois pediatras que foram escolhidos para fazer o treinamento para instrutor do curso, em junho, na sede da SAPED.

Os coordenadores da atividade consideram essa escolha de suma importância, pois o conhecimento e as boas práticas poderão ser disseminadas e chegarão a mais especialistas.  Nas oito horas de aula, os especialistas debateram os problemas mais frequentes relacionados à reanimação do prematuro e os respectivos procedimentos em sala de parto. Dentre as ações realizadas, estavam aulas práticas com manequins para ventilação por máscara e cânula traqueal com acesso umbilical, ventilador mecânico manual em T.

Em virtude da quantidade de médicos, o curso foi dividido em dois dias. De acordo com o dr. Antonio Candeia, Instrutor de Reanimação Neonatal e o responsável por organizar a atividade, a ideia de levar as aulas até esses profissionais surgiu com a percepção da necessidade de interiorização do conhecimento e da qualificação das equipes dessas duas instituições primordiais para a região.  “Ao levarmos esse conhecimento aos médicos da região queremos melhorar a assistência ao recém-nascido e diminuir a mortalidade neonatal”, afirmou.