Reanimação Neonatal ganha destaque entre as ações da Sociedade Paraense de Pediatria

Reduzir a taxa de mortalidade neonatal na região Norte do País é uma das principais metas que orientam a atuação da Sociedade Paraense de Pediatria (SOPAPE). Para alcançar esse objetivo, a entidade promoveu na cidade de Castanhal, Leste do Pará, a capacitação dos profissionais de saúde do Hospital Francisco Magalhães, que trabalham no atendimento em sala de parto ao recém-nascido com asfixia perinatal.

No último dia 5 de janeiro, membros da filiada debateram junto aos representantes e funcionários do centro hospitalar estratégias e formas de homogeneizar condutas médicas, com o intuito de reduzir a mortalidade materna e neonatal na região. “Estamos executando atividades em hospitais de referência nos diferentes núcleos regionais de saúde do Pará. O ‘Magalhães’, por exemplo, recebe crianças vindas de vários municípios adjacentes. É um polo importante para avaliar taxa de mortes”, explicou a dra. Vilma Hutim, presidente da filiada do Pará.

No dia seguinte, 44 profissionais do Hospital foram treinados pelos instrutores locais do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Durante cerca de oito horas, médicos e enfermeiros receberam orientações práticas e teóricas sobre os procedimentos atualizados de reanimação em recém-nascidos.

“Nosso estado ocupa 14,5% da extensão territorial do Brasil, somos praticamente um país. Conseguir sair de Belém e ir até municípios distantes para levar capacitação é um grande êxito. Em Castanhal temos apenas 14 pediatras. Precisamos apoiar cada vez mais os poucos especialistas que atuam nesses lugares”, enfatizou a dra. Vilma.

TRABALHO REGIONAL – Desde a posse da atual gestão, a SOPAPE atua com foco em suas sucursais, distribuídas em várias regiões do estado. Em novembro do ano passado, a cidade de Santarém, no Oeste do Pará, recebeu sua I Jornada de Pediatria Ambulatorial. No próximo mês, será a vez da cidade de Bragança sediar um evento promovido pela diretoria da filiada.

A presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues da Silva, reforçou a importância das iniciativas, principalmente, em função das dificuldades impostas pelas dimensões geográficas do estado paraense, que possui cidades com até mil km de distância da capital. “É fundamental esse trabalho contínuo no combate à asfixia perinatal. O empenho demonstrado pela SOPAPE na busca pela qualificação técnica em todos os serviços e municípios é um exemplo de conduta e inspiração para os pediatras brasileiros”, exaltou ela.