Os coordenadores nacionais dos cursos Suporte Básico de Vida (BLS) e Suporte Básico de Vida Pediátrico (PALS), drs. Paulo Roberto Antonacci Carvalho, Luiz Fernando Loch, Alexandre Rodrigues Ferreira e Valéria Silva, se reuniram nos dias 22 e 23 de janeiro, em São Paulo, com os dezenove coordenadores dos polos regionais para avaliar o trabalho já feito, traçar os planos para 2016 e discutir as novas recomendações internacionais da American Heart Association (AHA). Participaram também Eduardo da Silva Vaz, presidente da Sociedade, e Ércio Amaro de Oliveira Filho, diretor de Cursos e Eventos.
Um dos pontos principais discutido no encontro foi sobre o treinamento dos pediatras para a reanimação cardiopulmonar básica, tanto da criança quanto do adulto jovem, informa dr. Paulo Carvalho. “Isso é um aspecto que tem sido enfatizado pela AHA, porque se não fizermos o primeiro atendimento básico adequado ocorrerão danos definitivos na vida do paciente”.
Outra questão levantada é a viabilização do curso para os residentes em pediatria para que tenham o treinamento durante a residência. “Pretendemos realizar parcerias, principalmente com os serviços que oferecem a residência de três anos, no sentido de facilitar o acesso do aluno ao PALS”, destaca dr. Paulo Carvalho.
Atualização dos procedimentos
A cada cinco anos, a SBP realiza a atualização dos procedimentos a partir das recomendações da American Heart que são publicadas pela Circulation & Resuscitation. “Agora cabe a nós passar essas novas diretrizes aos nossos instrutores em cada um dos polos nos estados. O material de transição em inglês está disponível no site da AHA e o definitivo será divulgado em breve”, ressalta dr. Paulo Carvalho.
Novo polo
Em 2015, foi criado o polo de Goiás, que também recebeu o material comprado pela SBP para a realização dos treinamentos na região. Atualmente, são 19 em funcionamento com “aproximadamente 200 instrutores habilitados”, acrescenta dr. Paulo Carvalho.
Desde 2008, a SBP é credenciada pela American Heart para realizar o PALS, com validade internacional. “O aluno aprovado recebe uma carteira que o habilita a fazer a reanimação cardiopulmonar. Esse documento, com selo de qualidade da AHA, é reconhecido em 80 países”, explica o coordenador.
Filiadas e capacitação
As filiadas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Maranhão, Pará,Goiás e o Distrito Federal oferecem a capacitação. Contudo, “as localidades que não possuem polo de treinamento devem procurar a regional mais próxima para realização do curso”, orienta dr. Paulo Carvalho.
Criado em 2013, o polo do Amazonas recebe uma grande procura pelo PALS. “Há cinco prontos-socorros infantis públicos e alguns privados interessados, e uma procura não só de pediatras, mas de anestesistas, fisiologistas e clínicos que atendem crianças”, informa dr. Alexandre Miralha, coordenador local.
Dr. Alexandre diz que serão realizados treinamentos em outros estados da região Norte do País. “Em maio, em parceria com o polo do Pará, iremos ministrar dois cursos em Rio Branco, no Acre”.
Com a alta demanda e dois instrutores na equipe, dr. Alexandre Miralha já identificou outras seis pessoas com potencial para serem treinadoras. “Nessa reunião em São Paulo já solicitamos mais uma formação de instrutores, que deverá ser feita em maio ou junho. Assim, poderemos ampliar o atendimento em nossa região”, frisa.
Segundo dra. Ilana Cristina Abreu Silva, coordenadora do PALS no Maranhão, a experiência no estado também tem sido positiva. “Estamos sempre promovendo cursos. Em 2015, tivemos 48 pessoas treinadas e uma das metas para esse ano é sensibilizar ainda mais os pediatras e os residentes que façam o treinamento, pois sabemos que o primeiro lugar que eles vão trabalhar é no pronto-socorro e precisam estar bem preparados”, enfatiza.
Mais de 10 mil alunos treinados
Desde a criação do PALS, em 1998, mais de dez mil pediatras foram capacitados. No ano passado, foram realizados 74 cursos com 1.194 alunos treinados. “O Programa de Reanimação Pediátrica vem crescendo a cada ano. A SBP é considerada pela AHA como o maior centro de treinamento do PALS no Brasil, o que nos dá um porte de instituição bem reconhecida” comemora dr. Paulo Carvalho.
Dr. Ércio Amaro frisa que “o PALS é de extrema importância para o pediatra, pois capacita seus alunos a oferecerem o suporte avançado de vida mais qualificado possível aos seus pacientes”. O diretor diz que o programa tem pela frente “o desafio de se inserir como treinamento obrigatório na residência pediátrica e ampliar o alcance dos cursos a fim de aumentar o número de pediatras treinados” e que para isso conta com total apoio da diretoria de Cursos e Eventos da SBP.
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