Para orientar os pediatras a respeito da proteção de crianças e adolescentes com HIV/Aids contra doenças imunopreveníveis, o Departamento Científico de Imunizações Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulga nesta sexta-feira (8) um novo documento científico com atualizações práticas sobre o tema. De acordo com a publicação, pacientes vivendo com HIV/Aids apresentam importantes alterações na resposta imune, que precisam ser observadas para uma correta condução médica.
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Conforme expressa o texto, o uso da terapia antirretroviral combinada (TARVc) auxilia no controle da carga viral circulante e pode levar à reconstituição imunológica. Nesse contexto, vacinas inativadas – ou “não vivas” – podem ser utilizadas com segurança, já as vacinas vivas atenuadas devem ser usadas com cuidado pelos pacientes.
No geral, imunocomprometidos estão sujeitos a quadros mais graves quando acometidos por doenças como sarampo, varicela, entre outras. Por isso, as vacinas vivas podem ser indicadas quando o benefício se sobrepõe ao risco.
“A prescrição para varicela, sarampo, caxumba e rubéola, por exemplo, deve respeitar os valores de LT-CD4+ e somente ser utilizada em crianças sem imunodepressão grave, ou seja, que estejam com LT-CD4+ acima de 15% e/ou com ≥200 células/mm3 para os maiores de seis anos. Este nível de CD4 precisa ser assegurado durante seis meses antes da aplicação da imunização”, afirma o texto.
CALENDÁRIO – No intuito de auxiliar os profissionais de saúde, o documento apresenta uma proposta de Calendário Vacinal, com todas as recomendações sobre os imunobiológicos indicados e esquemas a serem utilizados em crianças e adolescentes com HIV/Aids, entre elas: vacina BCG; hepatite B; poliomielite 1, 2 e 3 (inativada); meningocócicas; rotavírus/ e mais.
O conteúdo do calendário inclui indicações para diferentes faixas etárias. O texto destaca também que crianças e adolescentes que tenham perdido doses anteriores devem ter sua situação vacinal atualizada, conforme as orientações médicas para cada vacina em especifico.
A publicação ressalta que também é primordial levar em consideração a situação clínica imunológica do paciente, uma vez que a avaliação criteriosa do melhor momento para indicar imunização nesta população leva a uma melhor efetividade no uso dos imunizantes.
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