Representante da SBP participa de oficina promovida pelo Ministério da Justiça sobre classificação indicativa

A coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Saúde na Era Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Evelyn Eisenstein, participou na última semana de uma oficina sobre Classificação Indicativa, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A atividade aconteceu virtualmente, como parte das comemorações de 30 anos da Política de Classificação Indicativa e tem como objetivo atualizar e capacitar profissionais de diferentes segmentos de mercado sobre a Portaria MJ nº 1.189 e sobre o Guia Prático de Classificação Indicativa, com elucidação dos critérios e classificação em tempo real de obras audiovisuais.

“Em 2018 foi lançado o guia com os novos critérios de classificação indicativa e tivemos um encontro parecido com esse. Não houve atualização nos termos deste material desde então, mas ocorreram vários debates essenciais. Inclusive sobre o aumento de violência nos produtos midiáticos, nesse tempo, e como podemos lidar com isso”, detalha.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA – É de suma importância que os pais e responsáveis estejam atentos à ferramenta de Classificação Indicativa, promovida no País pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Um portal e guia prático estão acessíveis para consultas sobre quais games, filmes, vídeos e outros conteúdos são – ou não – recomendados de acordo com a idade e a compreensão das crianças e adolescentes.

“É necessário que essas informações cheguem com mais contundência aos pediatras e que eles informem os pais sobre a importância de controlar o que os filhos assistem. Até os 13 anos, eles não deveriam ter contato com telas, mas sabemos que isso ocorre. Então, ao menos, os pais precisam saber exatamente o que as crianças estão consumindo e orientá-las”, afirma.

Os critérios são determinados como livre, com exibição adequada em qualquer horário e para qualquer faixa etária, ou inadequados para idades abaixo de dez, 12, 14, 16 e 18 anos. “Os conteúdos não estão proibidos ou censurados, são sugestões. Os pais podem discordar ou denunciar qualquer conteúdo direto com as emissoras de televisão, anunciantes, patrocinadores, empresas de comunicação em relação à responsabilidade social, ou podem também denunciar ao Ministério Público e às entidades de proteção”, reforça o texto.

“Busco sempre em minhas palestras alertar os pais sobre esses critérios e a importância de segui-los. Infelizmente, a maioria ainda não tem conhecimento sobre o assunto e precisamos investir nessa divulgação. Há, por exemplo, diversas informações sobre o assunto no site do Ministério da Justiça, como mecanismos parentais de segurança em relação ao o que os filhos assistem”, indica.

O Grupo de Trabalho sobre Saúde na Era Digital da SBP é composto pelos pediatras dra. Evelyn Eisenstein; Luci Pfeiffer; Marco Antônio Chaves Gama; Susana Estefenon; Suzy Santana Cavalcanti; e Eduardo Jorge Custódio da Silva.