O Ministério da Saúde divulgou o investimento de R$ 90 milhões para realizar ações de enfrentamento à obesidade infantil no País. A iniciativa tem como objetivo estimular os hábitos saudáveis nas crianças e adolescentes. Tendo em vista a importância do tema, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) está acompanhando atentamente as estratégias divulgadas na última terça-feira (10), durante o lançamento da Campanha de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil de 2021.
A presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP, dra. Virgínia Weffort, destaca a importância dessa iniciativa no avanço à prevenção da obesidade e incentivo a uma rede de apoio – desde os lares brasileiros, até escolas, postos de saúde e toda a sociedade. “É fundamental que todos falem a mesma linguagem: estímulo à alimentação saudável, ao aleitamento materno, à prática de exercícios físicos e redução de tempo em frente às telas. É uma iniciativa que a SBP já tem feito, com a produção de manuais e guias para conscientizar a população”.
Com base nos dados divulgados Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) em 2020, dra. Virgínia alerta que atualmente há 6,4 milhões de crianças com até 10 anos com excesso de peso. A faixa de até cinco anos, registrou o índice de 15,9%, e entre cinco a nove anos o índice chega a 31,8%. O levantamento revela também que cerca de 11 milhões de adolescentes possuem excesso de peso e 4,1 milhões têm obesidade, um índice total de 31,9%.
“São números que assustam e revelam que a obesidade aumenta cada vez mais. É preciso que o Brasil inteiro – todos os setores – estejam alinhados no compromisso de estimular os hábitos saudáveis. É necessário um envolvimento nacional”, afirma.
ESTRATÉGIAS - Inicialmente, mil municípios poderão aderir ao Proteja – Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil. O programa disponibilizará recursos às prefeituras para que desenvolvam ações para prevenir a obesidade e se comprometam a implementar a vigilância alimentar e nutricional através do mapeamento das crianças e adolescentes na cidade; e campanhas de comunicação para estimular a sociedade.
O projeto prevê ainda que as cidades desenvolvam ações para formação de equipes de saúde capacitadas para lidar com o público infantojuvenil, além da articulação entre profissionais da saúde e sociedade para que as recomendações de prevenção à obesidade sejam adotadas no cotidiano das famílias.
“Esse incentivo financeiro para as cidades dará recursos para que as prefeituras possam comprar alimentos saudáveis para as escolas, colocar aparelhos de atividade físicas nas praças, capacitar os profissionais e aprimorar a rede de apoio para combate à obesidade infantil”, explica dra. Virgínia. Para ela, além dos recursos, é necessário dar consequência às ações promovidas pelo Ministério da Saúde, que devem contar ainda com o envolvimento e sensibilização dos pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes.
*Com informações da Agência Brasil.
Famílias em Pauta debate saúde mental de crianças e adolescentes
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