A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) enviou ao Governo Federal um ofício em resposta a um pedido formal de contribuições sobre danos potenciais aos quais as crianças e os adolescentes estão sujeitos diante da exposição a obras audiovisuais que apresentam conteúdos de violência, sexo ou nudez. 

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O documento foi uma réplica a um ofício enviado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP); Secretaria Nacional de Justiça (SENAJUS); Departamento de Promoção de Políticas de Justiça (DPJUS); e Coordenação de Políticas de Classificação Indicativa (CPCIND). No texto, as entidades solicitaram à SBP o envio de estudos, artigos, teses, dissertações ou quaisquer outros materiais científicos elucidativos para subsidiar estratégias futuras na condução e evolução da Política Pública da Classificação Indicativa.

No documento, assinado conjuntamente pelo dr. Clóvis Francisco Constantino, presidente da SBP, e dra. Evelyn Eisenstein, coordenadora do Grupo de Trabalho Saúde na Era Digital da SBP, os especialistas destacaram que “as imagens de violência, drogas, nudez e todos os tipos de perversões e abusos sexuais nas telas e mídias, impactam negativamente no desenvolvimento cerebral, mental, psicossocial das crianças e adolescentes com repercussões a curto, médio e longo prazo durante a vida adulta”.

Na oportunidade, foram apresentados estudos sobre a influência que as mídias podem provocar no comportamento das crianças e dos adolescentes. A SBP reafirmou ainda a responsabilidade dos governos e das empresas de entretenimento e de comunicação. Também recomendou que esse debate seja amplificado e acompanhado e, com esse objetivo, propõe a criação de um banco de dados com indicadores transparentes da sociedade brasileira.

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