O 1º vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Clóvis Constantino, defendeu a importância da vacinação em reportagem especial produzida pelo programa “Domingo Espetacular”, da Rede Record. O especialista fez contraponto ao movimento antivacinas, que tem levado alguns pais a negarem a vacinação como uma medida essencial de prevenção contra doenças. Para ele, a vacinação é importante para ativar o sistema imunológico das crianças.
“Quanto mais prematuramente vacinamos as crianças, mais cedo elas estarão protegidas contra doenças graves. E esta proteção que a criança adquire no início da vida é levada para o futuro, ou seja, a adolescência e a idade adulta”, explica o dr. Clóvis Constantino.
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Na reportagem, o presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri, também ressalta as conquistas obtidos por meio da vacinação em todo o mundo, como a erradicação da varíola e da poliomelite. “Esses são avanços incontestáveis. As vacinas não causam doenças. A vacina contra a gripe, por exemplo, é feita com vírus desativados, fragmentados, e são incapazes de causar a doença nos indivíduos que a recebe”.
O ato de não vacinar as crianças faz com que doenças já erradicadas voltem a surgir, causando novas epidemias, como é o caso do sarampo, na Europa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2016 cerca de 8 mil pessoas contraíram a doença no continente europeu, sendo que 35 delas vieram a óbito. “Quando os pais deixam de vacinar os filhos não estão colocando em risco somente a saúde deles, mas a de outras pessoas que vivem na mesma comunidade”, observa o dr. Kfouri.
Segundo a OMS, a vacinação em massa evita entre 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano e é responsável pela erradicação de várias doenças. A Organização aponta ainda que, com a vacinação, também se reduziu a mortalidade por sarampo em 74%.
ALERTA – Em junho desse ano, a SBP e o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiram um alerta conclamam a população, os médicos e demais profissionais de saúde a se contraporem ao movimento antivacinas. Para as entidades, a falta injustificada de vacinações pode causar o aumento da morbidade e da mortalidade de crianças, de adolescentes e da população adulta, “consolidando um retrocesso em termos de saúde pública”.
Na avaliação do CFM e da SBP, com o advento das redes sociais o surgimento de informações inverídicas tem colocado essa ação preventiva em risco. Por isso, ressaltam: “boatos ou notícias que relacionam a vacina a efeitos colaterais, presença de elementos tóxicos ou nocivos em sua composição, sua ineficácia ou possível substituição por outros métodos não possuem, em geral, base técnica ou científica”.
A vacinação no Brasil é obrigatória, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que orienta os pais vacinem os filhos de acordo com o calendário recomendado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a legislação brasileira, os pais que não garantirem a vacinação aos filhos podem ser processados e punidos. Conteúdos relacionados no portal: SBP e CFM alertam a população e os médicos para a necessidade de estar com o calendário de vacinação em diaOs perigos do movimento antivacinas
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