A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta segunda-feira (29), aos médicos e à sociedade, o Calendário de Vacinação 2019, produzido conjuntamente pelos Departamentos Científicos de Imunizações e de Infectologia da instituição. O documento traz as recomendações mais atuais para a aplicação de vacinas em crianças e adolescentes.
“Esta é mais uma ação da SBP no desenvolvimento e na qualificação da assistência às crianças e adolescentes brasileiros, uma vez que os índices de cobertura vacinal em nosso País continuam abaixo do esperado, trazendo, consequentemente, o ressurgimento de doenças já erradicadas, como o sarampo”, exemplifica a presidente da SBP, dra. Luciana Silva.
ACESSE AQUI O CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO 2019.
ALTERAÇÕES – Segundo o presidente do Departamento Científico de Imunizações, dr. Renato Kfouri, o Calendário da SBP é constantemente atualizado em função das evidências científicas e das recomendações que são revistas anualmente. Segundo ele, a principal modificação desta edição foi a redução da quantidade de doses da vacina Meningocócica B recombinante, que a partir de agora passa a ser de três doses.
“Estudos comprovaram que três doses são suficientes. Antes, a vacina era aplicada em crianças aos três, cinco, sete e doze meses de idade. Após analisarmos esses estudos, a dose aplicada no sétimo mês de vida foi suprimida. Com isso, a criança passará a tomar a vacina aos três e cinco meses e, posteriormente, a dose de reforço, aos 12 meses de vida”, explica.
Dr. Kfouri adverte ainda que o calendário da SBP é elaborado para crianças e adolescentes hígidos. “Para aqueles com imunodeficiências ou em situações epidemiológicas específicas, as recomendações podem sofrer alterações, em que cada caso será avaliado de forma particular pelo pediatra que faz o acompanhamento do paciente”, observa.
NOTAS EXPLICATIVAS – Dr. Kfouri destaca ainda que os pediatras precisam observar a reformulação das notas explicativas. Ele chama a atenção para o fato de que os textos, com os dados técnicos e orientações sobre cada uma das vacinas, são parte integrante do documento e, portanto, devem ser lidos com atenção na orientação de cada caso.
“É importante lembrar que, quando a vacinação é iniciada fora da idade idealmente recomendada, os esquemas podem ser adaptados de acordo com a idade de início, respeitando-se os intervalos mínimos entre as doses”, destaca. O especialista ressalta ainda que todas as vacinas podem ocasionar eventos adversos, em geral leves e transitórios, e que devem ser informados à família.
PAPEL CHAVE – Na avaliação do presidente do Departamento Científico de Infectologia, dr. Marco Aurélio Sáfadi, o pediatra possui um papel chave no esclarecimento de pais e responsáveis sobre a importância de se manter o esquema de vacinação das crianças e dos adolescentes em dia. Para ele, cabe ao especialista oferecer as explicações necessárias para que as coberturas se mantenham elevadas.
“As vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. Perdeu-se a noção da importância de se prevenir as doenças evitáveis e de como as vacinas são úteis neste processo. Ao se manter a população vacinada, evita-se o aparecimento de bolsões que podem contribuir para o recrudescimento de males que estão sob controle”, explica dr. Safadi, que defende que o pediatra sempre reserve um espaço em sua consulta para abordar o tema.
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