Com o objetivo de estabelecer normas de padronização internacional para produtos destinados à alimentação infantil, cerca de 200 países participaram da 38ª reunião do Comitê do Codex Alimentarius sobre Nutrição e Alimentos para Fins Especiais, realizada em Hamburgo (Alemanha), no início de dezembro. Dra. Virgínia Weffort, presidente do Departamento Científico (DC) de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), representou a entidade no evento, que debateu temas sobre rotulagem, biofortificação, e composição das fórmulas de seguimento para crianças de seis a 36 meses.
Cada delegação, por meio dos órgãos oficiais de Estado – no caso do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) –, apresentou suas considerações baseadas em trabalhos científicos, numa tentativa de estabelecer consenso entre os países. Uma das questões mais discutidas referiu-se à quantidade e a qualidade das proteínas, carboidratos, vitaminas (A, D, C, E, K), zinco e cálcio nas fórmulas para lactentes.
MELHOR OPÇÃO - Segundo dra. Virgínia Weffort, a participação da SBP é especialmente importante no fornecimento dos trabalhos científicos. “A partir de discussões iniciadas em nível nacional é que a Anvisa estabelece a posição do País perante a comunidade internacional. Nós participamos na definição da melhor opção de alimento para crianças que não podem receber leite materno”, comenta. Além de dra. Virgínia Weffort, a delegação brasileira foi composta por Ana Claúdia Araújo e Vanessa Maestro, ambas da Anvisa; Hélio Vanucci, da International Life Sciences Institute (ILSI); e um representante da indústria.
Todas as resoluções aprovadas e referendadas pelo Comitê do Codex Alimentarius serão divulgadas na internet, a partir do próximo mês. “Muitos pontos continuarão em discussão em 2017. Sendo assim, as indústrias ainda não precisam modificar seus produtos”, explica a presidente do DC de Nutrologia.
O Comitê sobre Nutrição e Alimentos para Fins Especiais é parte integrante do Codex Alimentarius, coletânea de padrões, códigos de conduta e orientações reconhecidas internacionalmente relativas à produção de alimentos e segurança alimentar, instituída em 1963, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês). Sua função é desenvolver normas alimentares internacionais harmonizadas que protejam a saúde dos consumidores e promovam práticas leais no comércio de produtos alimentares.
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