O Refluxo Gastroesofágico (RGE) e a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) são as condições que mais acometem o esôfago e estão entre as queixas mais frequentes em consultórios de pediatria e de gastroenterologia pediátrica. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de publicar um guia prático de orientação para esclarecer questões sobre o tema, como quadro clínico, grupos de risco, diagnóstico, tratamento, dentre outras.
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Elaborado pelo Departamento Científico de Gastroenterologia da SBP, o documento ressalta que é importante considerar que, enquanto a DRGE da maioria dos lactentes saudáveis é uma doença autolimitada, que melhora conforme a idade e a maturação do lactente; na criança maior e no adolescente é mais parecida com a doença do adulto, com curso mais crônico, períodos de piora, reagudizações e acalmia.
DIAGNÓSTICO – Segundo os especialistas, o diagnóstico de DRGE é basicamente clínico e, mesmo com a ampla gama de exames diagnósticos disponíveis, nenhum é considerado fidedigno para todas as formas da doença. Sobre o tratamento, o guia informa que a terapêutica farmacológica é desnecessária em lactentes com sintomas leves e nenhum sinal de alerta. Porém, em crianças maiores e adolescentes, nos quais os sintomas são mais claros e específicos e a esofagite de refluxo é mais frequente, o tratamento farmacológico com Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) é o mais frequentemente indicado.
Os sintomas da DRGE variam de acordo com a idade do paciente e com a presença de complicações ou de comorbidades, muitas vezes sendo difícil diferenciá-los de alergia alimentar ou cólica infantil. Os principais objetivos do tratamento dessa doença são a promoção do crescimento e do ganho de peso adequados, o alívio dos sintomas, a cicatrização das lesões teciduais, a prevenção da recorrência destas e das complicações associadas à DRGE.
O guia frisa que o tratamento cirúrgico somente é necessário nos casos graves e refratários ao tratamento clínico; naqueles que necessitam de tratamento medicamentoso contínuo; e em casos de grande hérnia hiatal ou esôfago de Barrett. Entretanto, os médicos enfatizam que, antes da decisão cirúrgica, o paciente deve ser avaliado por um gastroenterologista pediátrico.
LANÇAMENTO – O Guia Prático de Orientação “Refluxo e Doença do Refluxo Gastroesofágico em Pediatria” foi lançado em um webinar especial na última quarta-feira (27). O evento contou com a presença da presidente do DC de Gastroenterologia, dra. Cristina Helena Targa Ferreira; além da dra. Elisa de Carvalho e do dr. Mauro Batista de Morais, ambos membros do mesmo departamento.
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Na abertura da live, que contou com o apoio da EMS, dr. Mauro destacou as principais mudanças ocorridas nos últimos 20 anos em relação à doença, relatadas nas diversas diretrizes publicadas, que colaboram com a atualização, orientação e revisão sobre o Refluxo Gastroesofágico (RGE) e a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). O especialista, então, ressaltou o valor do lançamento deste mais recente guia da SBP.
Já a dra. Elisa, em sua apresentação, abordou os métodos diagnósticos para a DRGE e os novos fenótipos da doença na criança maior e no adolescente. A médica frisou que nenhum dos métodos disponíveis atualmente é considerado o padrão ouro para avaliação dos pacientes e, por isso, o melhor caminho é buscar responder a pergunta que se tem sobre cada um deles.
E, por fim, a dra. Cristina falou sobre o tratamento da DRGE. A presidente do DC de Gastroenterologia da SBP enfatizou, dentre diversos outros pontos, que a criança não deve deixar de ser amamentada por conta dos sintomas do refluxo. A médica também ressaltou que é preciso ser cauteloso em relação ao uso de IBPs, em razão do exagero na administração destes medicamentos.
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