A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) convida seus associados a ouvirem pais e responsáveis para a pesquisa “Estresse tóxico infantil durante a pandemia de Covid-19”. A iniciativa, promovida em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), tem como objetivo coletar dados sobre alterações no comportamento de crianças e adolescentes em meio à atual pandemia, ocasionada pelo novo coronavírus. A entidade conta com a ajuda dos pediatras para essa ausculta, que pode ser feita durante o atendimento.
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Conforme salienta a coordenadora do projeto e presidente do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da SBP, dra. Liubiana Arantes de Araújo, os resultados obtidos pelo levantamento serão utilizados na produção de conteúdo científico para auxiliar na elaboração de políticas públicas e estratégias de assistência destinadas à população infantojuvenil.
“O intuito é mapear aspectos relevantes das dinâmicas familiares estabelecidas durante a quarentena e, principalmente, como as crianças têm reagido a toda essa situação de estresse ao qual estão submetidas. No consultório, muitos pediatras já verificaram o aumento dos episódios de mudanças de comportamento. A partir dessa pesquisa, podemos estratificar a atual conjuntura com base em dados e obter um panorama mais assertivo”, explica.
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EFEITOS DELETÉRIOS – Diversos são os fatores que influenciam a saúde mental de crianças, como a inibição de comportamentos sociais e atividades físicas, o isolamento, a paralisação escolar, a mudança profunda de rotina, momentos de desarmonia no lar e diversos outros impactos no convívio. Tais alterações na dinâmica do cotidiano coletivo, caso não sejam muito bem coordenadas e supervisionadas pelos pais podem gerar uma série de prejuízos emocionais aos filhos e despertar um quadro grave de estresse.
Desse modo, segundo reforça a dra. Liubiana de Araújo, é imperativo que os pediatras estejam atentos à nova realidade da quarenta, uma vez que o estresse prolongado e em altos níveis pode desencadear ansiedade, depressão e prejuízos para o desenvolvimento infantil, como atrasos nas habilidades cognitivas, neuromotoras, de comunicação, entre outras.
“Atualmente, a Neurociência entende que o bom desenvolvimento do ser humano depende, em parte, da genética e do ambiente. Por isso, é importante um ambiente apropriado para que a criança possa alcançar o máximo do seu potencial. No entanto, a quarentena nos impõe exatamente o oposto: é um momento tumultuado, na qual as rotinas estão bastante abaladas. Por isso, convidamos cada pediatra a responder, se for pai, ou então a divulgar essa pesquisa para as famílias, para que consigamos avaliar as fragilidades dos lares brasileiros e evitar o agravamento de transtornos e outros problemas entre os nossos pacientes”, concluiu.
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