A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) realizou, na última semana, a live “Recém-nascido pequeno para idade gestacional: como identificar o catch-up?”. O encontro teve apoio da empresa farmacêutica Sandoz, e trouxe os especialistas dra. Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra e neonatologista, secretária do Departamento Científico de Neonatologia da SBP, e dr. Ricardo Arrais, endocrinologista pediátrico, coordenador da Unidade de Endocrinologia Pediátrica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
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O evento tratou sobre o desafio de lidar com o recém-nascido (RN) pequeno para a idade gestacional, sua evolução e a missão dos pediatras de identificarem se o paciente está fazendo um catch-up adequado, para, assim, existir uma interação com os endocrinologistas. Catch-up é o fenômeno que descreve o aumento da velocidade no processo de recuperação do crescimento dos RN que sofreram algum tipo de restrição do crescimento intrauterino (RCIU).
Dra. Lilian destacou que a monitorização do feto é crucial para determinar se estão havendo desvios de crescimento, para que, caso necessário, haja uma intervenção. “Antes mesmo do nascimento, é preciso que haja uma avaliação intrauterina do crescimento deste feto, através das curvas de crescimento fetais. É importante, então, definirmos quais curvas usaremos para fazer essa análise, logo após o nascimento da criança, nas suas primeiras 12 horas de vida”.
Durante a aula, dentre diversos tópicos, a médica buscou esclarecer o que é RCIU. “Aquele bebê que estava evoluindo nessa curva de crescimento fetal, quando desacelera, já está fazendo uma restrição de crescimento. Porém, seguimos a definição de RCIU quando o feto, que teve uma desaceleração do seu crescimento, tem o seu canal de crescimento abaixo do percentil 10, a partir da avaliação do peso estimado”.
O dr. Ricardo Arrais complementou a aula com informações a partir da visão do endocrinologista sobre o tema. “Independentemente do padrão estabelecido pelas curvas, buscamos sempre a avaliação daquele indivíduo, observando a velocidade e evolução para, assim, detectarmos o problema mais precocemente. De 10% a 15% dessas crianças não atingem o canal esperado, mas, entre as que atingem, a maioria recupera logo no primeiro ano. E as que recuperam com mais rapidez têm uma menor chance de necessitar de apoio futuramente”.
O médico destacou, ainda, os principais fatores que influenciam no diagnóstico de RCIU. “As causas maternas representam 50% dos casos, e envolvem questões genéticas, gravidezes próximas ou muito espaçadas, hipertensão, tabagismo, uso de drogas e infecções. Há ainda causas fetais, em apenas 5% dos casos; causas placentárias, em menos de 5% dos casos; e causas ambientais, que não conseguimos definir a porcentagem, como poluição e altitude. É um grupo heterogêneo, no qual em cerca de 40% dos casos não temos uma causa identificável bem determinada”.
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