Os “Desafios da Cobertura Vacinal em Pediatria” foram colocados em perspectiva em novo documento elaborado pelo Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Divulgado na última terça-feira (31/8), o material destaca a vacinação como uma das mais importantes intervenções em saúde pública nas últimas décadas e chama a atenção para os impactos da covid-19 nas coberturas vacinais e para o papel fundamental dos pediatras no aumento da adesão de toda a família.
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O texto enfatiza o reconhecimento internacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI), pela sua qualidade e abrangência; e como as vacinas e as ações em vigilância epidemiológica foram responsáveis pela eliminação da varíola, pela interrupção da transmissão da poliomielite e da rubéola e pelo controle do sarampo. O documento frisa, ainda, como os pediatras são fundamentais para aumentar a confiança nas vacinas em todas as faixas etárias.
Os especialistas, entretanto, demonstram preocupação com coberturas vacinais substancialmente mais baixas em 2020, em comparação aos anos anteriores, e destacam que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a manutenção da prevenção de doenças transmissíveis como uma das atividades essenciais com maior prioridade, mesmo durante a pandemia.
A SBP reitera essa mensagem, principalmente em virtude de notificações ocorridas em regiões das Américas de doenças com possibilidades de surtos em 2020. No Brasil houve 8.448 casos de sarampo em 2020, incluindo dez mortes; e as maiores taxas de incidência cumulativa de casos confirmados da doença, por faixa etária, foram relatadas em menores de cinco anos (38 casos por 100.000 habitantes).
No documento, a SBP analisa que as vacinas são “vítimas de seu próprio sucesso”. Já que, por não convivermos mais com casos, mortes e sequelas por várias doenças imunopreveníveis, a população – e até mesmo os profissionais da saúde – tende a relaxar os cuidados preventivos. Essa percepção equivocada contribui para a queda nas coberturas vacinais e, além disso, há uma crise de confiança que contamina inúmeras esferas e instituições da vida pública, o que propicia a difusão de notícias falsas sobre vacinação.
Por isso, os especialistas alertam que as autoridades brasileiras precisam criar estratégias para aumentar a confiança na vacinação e reduzir a hesitação vacinal, principalmente na população pediátrica.
AÇÕES URGENTES - O texto propõe algumas ações para combater as baixas coberturas vacinais, como a ampliação do horário de atendimento ou abertura das unidades de vacinação aos fins de semana; a instituição de programas de vacinação escolar, com campanhas periódicas; elaboração de propagandas sobre a vacinação nas unidades de saúde; entre outras.
O Departamento Científico de Imunizações é composto pelos drs. Renato de Ávila Kfouri; Tânia Cristina de M. Barros Petraglia; Eduardo Jorge da Fonseca Lima; Helena Keico Sato; Heloisa Ihle Giamberardino; Solange Dourado de Andrade; Sonia Maria de Faria; Ricardo Queiroz Gurgel; e Maria do Socorro Ferreira Martins.
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