O Departamento Científico de Gastroenterologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou um guia prático voltado aos pediatras sobre os distúrbios gastrointestinais funcionais no lactente e na criança abaixo de quatro anos. Neste manual, os especialistas apresentam os principais fatores relacionados ao diagnóstico e tratamento desses distúrbios e frisam que eles não devem ser negligenciados. Além disso, frisam que o manejo primário deve focar em melhorar os sintomas dos pacientes e a qualidade de vida destes e de suas famílias.
CLIQUE AQUI E LEIA O GUIA NA ÍNTEGRA
Os distúrbios gastrointestinais funcionais (em inglês, functional gastrointestinal disorders ou a sigla FGIDS) são comuns, ocorrem em 15 a 30% dos lactentes. Segundo o documento, os pediatras e os especialistas lidam diariamente com os choros e a irritabilidade dos bebês abaixo de 6 meses, que podem ser sintomas decorrentes desses distúrbios, por conta da imaturidade do sistema digestório. Nessa faixa etária, esses fatores podem ser confundidos com doença do refluxo e alergia à proteína do leite de vaca. Por isso, o diagnóstico diferencial pode ser difícil e é essencial, de acordo com o manual, que os profissionais considerem a possibilidade dos distúrbios gastrointestinais funcionais.
Esses distúrbios provocam desconfortos no lactente; comprometem a qualidade de vida do lactente e da sua família; interferem na dinâmica familiar e no emocional materno e paterno; e, além disso, se associam a problemas futuros na infância e na adolescência. Diante da angústia familiar por conta dessa situação, o guia frisa que o papel do profissional de saúde é fundamental para fortalecer a confiança dos pais, propor um tratamento comportamental e, ocasionalmente, alguma intervenção nutricional, evitando medicamentos e ações desnecessárias.
Os especialistas destacam que os sintomas gastrointestinais não devem ser motivo para a interrupção do aleitamento natural exclusivo. Os sinais e sintomas mais comuns no lactente são regurgitações; vômitos; cólica; choro; distensão abdominal; flatulência; dificuldade e esforço antes ou durante as evacuações; fezes endurecidas; a diminuição ou o aumento da frequência de evacuações; dentre outros.
No documento, são apresentados alguns dos chamados critérios de Roma, que tem como objetivo padronizar o diagnóstico dos distúrbios gastrointestinais funcionais. Esta iniciativa, que teve sua última versão publicada em 2016, vem sendo desenvolvida há algumas décadas e, periodicamente, os critérios são atualizados em conformidade com avanços dos conhecimentos científicos sobre esses distúrbios.
O Departamento Científico de Gastroenterologia da SBP é composto pelos seguintes especialistas: dra. Cristina Helena Targa Ferreira; dra. Marise Helena Cardoso Tófoli; dra. Elisa de Carvalho; dra. Maria do Carmo Barros de Melo; dr. Mauro Batista de Morais; dr. Roberto Paranhos Fragoso; dra. Rose Terezinha Marcelino; e dr. Silvio da Rocha Carvalho.
CAPCO 2025 reúne quase 500 participantes e inova com simulação re...
30/06/2025 , 14:10Impacto cada vez maior: novos resultados do JPED reforçam trajetó...
01/07/2025 , 13:31Atualização científica e defesa da inclusão do médico pediatra na...
30/06/2025 , 16:45PED CAST SBP | "Gripe, resfriado ou Covid-19: saiba diferenciar o...
30/06/2025 , 13:57Livro “Endocrinologia Pediátrica - 2ª edição” é lançado durante X...
24/06/2025 , 13:57Autoimagem, autoestima e uso de cosméticos na adolescência: Aspec...
24/06/2025 , 08:38