SBP realiza nova campanha de prevenção do consumo de álcool na gestação

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com o Centro de Informação sobre Saúde e Álcool (CISA) e a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) realizam de 6 a 10 de setembro a Semana de Prevenção das Desordens de Espectro Alcoólico Fetal (DEAF ou Fetal Alcohol Spectrum Disorders, FASD, na sigla em inglês), sendo a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) o diagnóstico mais grave do distúrbio.

A campanha ocorre nas redes sociais das entidades, com a publicação diária de conteúdos, incluindo a divulgação de vídeo exclusivo, em 9 de setembro, Dia Mundial da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), sobre os efeitos do álcool para a saúde da mãe e do feto, e da importância do diagnóstico precoce e do tratamento multidisciplinar.

“Difundir essa informação é muito importante para estimular a prevenção. As consequências do uso do álcool pela gestante são traumáticas, pois o álcool causa lesões, principalmente, ao sistema nervoso fetal, e suas consequências são para toda a vida, no sentido de que a criança pode nascer com malformações congênitas, ter problemas de comportamento e de desenvolvimento, entre outros”, explica a coordenadora da campanha “Gravidez sem Álcool” da SPSP, dra. Conceição Segre. A ação conta com o apoio da SBP e outras entidades médicas.

A pediatra reforça que o consumo de álcool é perigoso em qualquer fase da gestação, já que são desconhecidos os níveis seguros de ingestão que possam evitar o aparecimento da síndrome. “Em qualquer fase da gestação, desde o início dela, é necessário que a gestante se abstenha de consumir álcool. É importante frisar que a doença não tem cura nem tratamento curativo. Ela fica para toda a vida e pode ser contornada por uma intensa atuação de uma equipe multiprofissional. No entanto, ainda assim, os resultados são duvidosos. Podem vir a ser bons para a vida da criança em família e na sociedade, mas podem também não ser os ideais”, assinala.

CAMPANHA SAF – Desde 2017, a SPSP, em parceria com a SBP realiza, ações sobre os malefícios do álcool ingerido durante a gestação e os problemas futuros que podem atingir as crianças. A dra. Conceição Segre, que é uma das idealizadoras desse trabalho, afirma que a atuação da SBP promove impacto bastante positivo, auxiliando na repercussão do alerta dado pelas campanhas anuais de prevenção à SAF.

 “Cabe destacar que especialistas da SBP seguem abordando esse tema tão importante em congressos, jornadas e palestras presenciais e online, visando a atualização do médico pediatra sobre essa doença. Por fim, deixo a seguinte mensagem de alerta: se a mulher estiver grávida não deve beber. E se beber procure não engravidar. Com isso, estaremos fazendo a prevenção da síndrome alcoólica fetal que é a única maneira de controlar e de evitar essa doença”, frisa.

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