A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) convida todos os pediatras brasileiros a participarem da Consulta Pública n° 88, realizada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). As contribuições, que podem ser feitas através do preenchimento do formulário eletrônico até a próxima terça-feira (23), serão sistematizadas e servirão de insumo para que a Conitec faça sua recomendação final sobre o uso do medicamento risdiplam por pacientes com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo II e IIIa.
CLIQUE AQUI E ACESSE O FORMULÁRIO
No relatório disponibilizado, a Conitec não recomenda inicialmente a incorporação do risdiplam no SUS. Então, entendendo a gravidade da AME, a SBP enviou sua colaboração à consulta e ressaltou seu posicionamento favorável à disponibilização do medicamento.
Através do presidente do Departamento Científico de Genética da SBP, dr. Salmo Raskin, a entidade elencou no texto os principais fatores que embasam o seu parecer. O médico ressalta a escassez de tratamentos modificadores do fenótipo, que apresentem segurança e eficácia comprovadas, como o ridisplam, para essa doença, que é rara.
“O nusinursena é a única opção atualmente disponível no SUS, e ele é administrado na coluna. Já o ridisplam é via oral. Uma via de administração não exclui a outra, mas a existência de uma alternativa de administração via oral invalida o fator de exclusão apresentado pela Conitec na consulta anterior, sobre a escoliose grave. Outro fator positivo é a questão da idade, já que há comprovações científicas positivas relacionadas ao risdiplam para pacientes com até 25 anos de idade”, analisa dr. Salmo.
Considerando esses fatores, o médico ressalta a importância da participação de todos os pediatras brasileiros nessa consulta. “Estamos falando sobre uma doença na qual 99% dos pacientes estão na faixa pediátrica. E o pediatra é o principal especialista que cuida dessa questão, não é razoável que ele não saiba que há essa discussão, como muitos não sabem”, alerta o dr. Salmo.
O especialista da SBP frisa, ainda, que os pediatras precisam ter ciência não apenas da técnica do atendimento, mas também saber as circunstâncias socioculturais, políticas e econômicas dos seus pacientes.
“Esse medicamento que está em consulta, por exemplo, é de alto custo, sendo inacessível para boa parte da população, caso não seja oferecido pelo SUS. A SBP não determina qual opinião o médico deve ter, mas ele precisa estar ciente de todos os meandros dessas consultas e atuar de forma política. Esse é o seu direito e o seu dever”, afirma.
Esclarecimentos sobre o uso de Paracetamol na gestação e risco de...
30/09/2025 , 07:5525º Fórum da ABP debate impactos ambientais na saúde infantil e l...
29/09/2025 , 15:59PEDCAST SBP: “Febre oropouche - quais são os sintomas e como prev...
29/09/2025 , 10:53SBP AmamentAÇÃO 2025: já está no ar a 31ª edição
26/09/2025 , 17:23PRN-SBP qualifica 338 profissionais em reanimação neonatal no Nor...
26/09/2025 , 13:48SBP leva cursos de reanimação neonatal e transporte de recém-nasc...
25/09/2025 , 08:39