De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e acomete indivíduos de todas as faixas etárias e camadas sociais. Por isso, para debater e incentivar a regulamentação e prática da educação física no ambiente escolar e a valorização do professor, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) realizou o workshop “Escola saudável tem exercício físico”, com a participação de representantes de diferentes sociedades médicas.
O membro do Departamento de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Ricardo Arrais, representou a entidade no debate. “Vimos a mobilização das entidades frente a um tema de grande importância para o efetivo enfrentamento da epidemia de obesidade, ainda mais nociva quando iniciada e mantida em crianças e adolescentes”, disse o pediatra.
Em sua fala, o médico ressaltou a necessidade do envolvimento de gestores municipais nas áreas da educação e infraestrutura para as ações propostas pelos participantes, que são a de valorizar e tornar os educadores físicos como docentes essenciais no ensino público e privado. Também pontuou a necessidade da criação e recuperação de instalações, como quadras e espaços abertos de recreação, além de equipamentos públicos, como praças e parques adequados e seguros para estimular a prática da atividade física.
“Como principal defensora da saúde e bem-estar de crianças e adolescentes, além de produzir muitos materiais didáticos e documentos científicos, temos na Sociedade Brasileira de Pediatria todo interesse enquanto instituição, de participar ativamente dessa iniciativa”, considerou. Além da SBP, participaram especialistas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Diabetes, Ministério da Saúde, Unicef, de universidades e ONGs brasileiras.
EDUCAÇÃO FÍSICA – De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96), atualizada em 2021, a Educação Física faz parte da grade curricular obrigatória da educação infantil e do Ensino Fundamental. No entanto, segundo o relatório de Desenvolvimento Humano Nacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, de 2016, que pesquisou 572 escolas brasileiras em todos os níveis de ensino para avaliar se esses espaços oferecem estímulo à prática de esportes e exercícios, o resultado foi diferente.
A pesquisa mostrou que apenas 51% dos colégios públicos do Brasil possuem professores de Educação Física, enquanto 44,9% dos centros de ensino do País, incluindo instituições privadas, contam com programas específicos para promoção das atividades físicas no ambiente escolar. Para os médicos, a atividade física promove uma série de benefícios à saúde, como a aptidão física, melhora a saúde cardiovascular, óssea, mental, cognição e do peso corporal.
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