SBP se une a entidades e assina manifesto em defesa do Programa Nacional de Imunizações

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) assinou nota conjunta com outras entidades médicas e mais de 200 profissionais de saúde em apoio ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Considerado um dos programas de maior sucesso desde sua criação, o PNI sofreu críticas recentes por supostamente não ter condições de conduzir o processo de vacinação contra a Covid-19 no Brasil.

Além da SBP, a nota também é endossada pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Instituto Questão de Ciência (IQC).

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O texto afirma que a conclusão está completamente equivocada e aponta que os obstáculos enfrentados até o momento são externos ao PNI. “O fato de, até o momento, nenhum fabricante ter solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) análise para registro ou uso emergencial, a não aquisição de insumos e os demais obstáculos que têm se apresentado são externos ao PNI e interferem diretamente na construção do planejamento de ações”, diz trecho da nota.

O documento ressalta, ainda, que a possibilidade de descentralização da campanha, com o risco de cada unidade federativa estabelecer suas próprias diretrizes, vai de encontro à história de sucesso do Programa, e frisa que a interação com as instâncias estaduais e municipais de imunizações “é imprescindível para garantir a equidade de acesso em todo o nosso território, conforme estabelecido pela Constituição”.

Por fim, a nota lembra a história de sucesso do Programa, considerado referência internacional, destacando as conquistas acumuladas ao longo de 43 anos, tais como as eliminações da poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola congênita e do tétano materno e neonatal, a eliminação temporária do sarampo e a redução drástica da incidência de importantes causas de adoecimento e mortalidade, entre as quais estão a difteria, as meningites bacterianas e a coqueluche.