“Vida, medicina e diversidade” foi o tema da segunda edição do PedTalks, realizada na última terça-feira (6). O programa on-line, exclusivo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recebeu o dr. Drauzio Varella - médico oncologista, cientista e escritor - para um bate-papo sobre sua trajetória e atuação na medicina. O encontro, que recebeu mais de 1.500 acessos, foi moderado por Carlos Linhares, psicólogo, cientista social e filósofo, e contou com a participação da presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva.
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“O nosso principal objetivo com o PedTalks é justamente levar aos nossos pediatras e comunidade, uma outra visão da medicina: a vida cheia de percalços e êxitos. Esperamos que essas histórias possam ser inspiradoras e, dessa forma, amplie a percepção; mude paradigmas, preconceitos e, sobretudo, faça com que as pessoas ampliem suas reflexões e visões de vida. Isso é extremamente necessário, ainda mais no momento que vivemos atualmente”, destacou a presidente.
Da sua trajetória como professor em cursinhos até sua marcante atuação frente à epidemia de HIV/Aids nos anos 80, a conversa destacou os pontos de atuação na carreira do dr. Dráuzio e sua importância ao levar informação e esclarecimento para os brasileiros. “Quando voltei ao Brasil, eu era o único oncologista que havia visto os casos de sarcoma de Kaposi epidêmico. Fiquei muito impressionado com a dimensão que a epidemia estava tomando no mundo”, contou o especialista.
Ele destacou também o estigma da doença nos homossexuais que existia na época, e apontou como essa visão preconceituosa foi prejudicial para o combate ao vírus e como esse contexto o motivou a levar informação de qualidade para a população. Durante o programa, o especialista detalhou seu interesse em atender grupos marginalizados.
Nesse cenário, ele explicou sua contribuição voluntária nas penitenciárias - com a realização de palestras e consultas para auxiliar aquelas pessoas. Trabalho que iniciou no fim dos anos 80 e seguiu até o início da pandemia de Covid-19, em que precisou interromper os atendimentos na penitenciária por conta da idade.
“Atendi em clínicas sofisticadas, mas aonde eu aprendi a fazer medicina de verdade foi na cadeia. A medicina é uma profissão que você faz com a mão, tocando no doente, escutando. Se você não faz isso, não completa o ato médico. E isso eu descobri nas penitenciárias”, explicou o oncologista.
PARA ASSISTIR – A transmissão é aberta a toda a população e pode ser vista pelo site da SBP (www.sbp.com.br/lives) e nos canais do Facebook e YouTube da instituição. O projeto trará mensalmente uma personalidade que é destaque no Brasil por sua história de vida, atuação acadêmica e com muito conhecimento a ser transmitido a todos os pediatras brasileiros.
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