Para discutir os aspectos centrais relacionados à Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL), o Departamento de Medicina do Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de lançar um novo documento científico, que traz orientações para pais e cuidadores sobre como garantir um ambiente de sono infantil seguro e quais os principais fatores de risco associados ao problema.
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De acordo com a publicação, a definição mais amplamente aceita de SMSL é a morte súbita e inesperada de uma criança com menos de um ano de idade, durante o sono, que não pode ser explicada mesmo após passar por uma avaliação póstuma. “A Síndrome foi originalmente definida em 1969 e referia-se à morte em lactentes sem uma causa identificada. Esses bebês tinham idade semelhante no momento da morte e, comumente, uma forte associação com o sono. Nomear SMSL em vez de chamá-la de ‘causa desconhecida’ facilitou o maior enfoque no apoio dos pais e na realização de pesquisas”, informa o texto.
ESTATÍSTICAS - Segundo o documento, no Brasil ainda não existem estatísticas oficiais sobre sua incidência, no entanto, nos Estados Unidos a SMSL representa a terceira causa de mortalidade infantil. Devido a sua prevalência, ao longo dos anos múltiplas hipóteses foram propostas para explicar a SMSL. As recomendações atuais da Academia Americana de Pediatria (AAP) apontam que os fatores de risco mais importantes para a ocorrência da Síndrome relacionam-se com o ambiente do sono.
Dentre as principais indicações para reduzir os riscos, encontram-se: nunca expor a crianças ao fumo; não compartilhar a mesma cama com os pais; durante o sono, usar uma superfície firme para apoiar o bebê; promover o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida; nunca utilizar cobertores, travesseiros e almofadas no berço, devido ao risco de sufocamento; entre outros.
“Crianças de até um ano de idade devem ser colocadas para dormir de barriga para cima todas as vezes durante o sono. As posições de lado e de barriga para baixo devem ser desestimuladas, pois não são seguras nessa faixa etária. (...) Além disso, existem circunstâncias específicas em que a partilha de cama é particularmente perigosa, e deve ser salientado aos pais que eles evitem a prática”, cita o documento.
BARREIRAS - A publicação explica também que comumente são encontradas algumas barreiras no cuidado do sono do bebê, como aquelas praticadas pelas famílias com base em práticas culturais e tradições incorporadas, sendo necessário um esforço em múltiplos níveis, desde a mudança de práticas de pais e profissionais até a criação de legislações específicas.
Como forma de orientar os pediatras, o documento científico da SBP aborda também algumas das principais correntes teóricas desenvolvida pelos especialistas da área e suas respectivas contribuições para o esclarecimento do problema, dentre elas: hipótese do intervalo QT; hipótese da hipóxia e apneia; e hipótese da disfunção diafragmática.
O Departamento de Medicina do Sono da SBP é composto pelos drs. Lucila Bizari Fernandes do Prado; Regina Terse Trindade Ramos; Beatriz Neuhaus Barbisan; Cristiane Fumo dos Santos; Gustavo Antonio Moreira; Lislie Capoulade N. Arrais de Souza; e Simone Chaves Fagondes.
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