O teste da orelhinha, feito em recém-nascidos para diagnosticar precocemente eventuais problemas auditivos, passará a ser obrigatório em todos os hospitais e maternidades do País. A lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada ontem no Diário Oficial da União, no entanto, não prevê a obrigatoriedade de tratamento para as crianças portadoras de deficiência que forem diagnosticadas.
“É uma falha grave”, afirma o otorrinolaringologista Manuel de Nóbrega, responsável pelo departamento de otorrinolaringologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. “A obrigatoriedade do exame vai aumentar a demanda por reabilitação, mas não teremos para onde encaminhar essas crianças.”
No Brasil há apenas dez centros de referência em saúde auditiva do Sistema Único de Saúde (SUS) – seis em São Paulo.
O médico Arthur Castilho, responsável pelo centro da Universidade Estadual de Campinas, conta que a unidade tem atualmente 240 crianças na fila para realização de implante coclear, o chamado ouvido biônico. “Mas o SUS só nos autoriza a fazer 78 cirurgias por ano. A última criança da fila vai esperar, no mínimo, três anos”, conta Castilho.
Quanto mais cedo uma criança surda recebe tratamento, melhores são os resultados na aquisição de linguagem, explica Nóbrega. “Até os 6 meses de idade ela tem a chance de desenvolver a linguagem como qualquer criança. Depois disso, os resultados vão caindo drasticamente.”
Nota de pesar: dr. Lauro Monteiro Filho
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