A icterícia é comum, registrada em cerca de 60 a 80% dos recém-nascidos e lactentes e, na maioria das vezes, é fisiológica. Por isso mesmo, ainda é pouco valorizada. Ocorre que há doenças que podem surgir com icterícia e precisam ser diagnosticadas com urgência.“A criança chega ao hospital e informam aos pais que isso é normal, mandam para casa. Só que essa pode ser a ponta do iceberg, a primeira manifestação de problemas que, se não forem tratados precocemente, levam a criança a perder a vida ou a ficar com sequelas, tanto no fígado – precisando de um transplante -, como em outros órgãos”, diz a dra. Elisa de Carvalho, do Departamento Científico de Gastroenterologia Pediátrica da SBP, presidente da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, coordenadora Clínica do Hospital da Criança de Brasília. Juntamente com o dr. Jorge Luiz dos Santos, professor da Pós-Graduação em Ciências de Gastroenterologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dra. Elisa fez um estudo que demonstra que o encaminhamento tardio dos portadoras de colestase neonatal (atresia biliar) ainda é um problema no Brasil, influenciando a sobrevida desses pacientes:
– É fundamental que o diagnóstico do recém-nascido seja feito antes dos dois meses de idade, para que tenha chance de viver com seu próprio fígado, já que a resposta da cirurgia será melhor. Caso ultrapasse essa idade, a alternativa passa a ser um transplante – salienta.
A pediatra explica que se a duração da icterícia ultrapassar 14 dias, com pele e olhos amarelados, cor das fezes brancas e a urina escura, o bebê precisa ser avaliado por um pediatra ou gastroenterologista pediátrico, que irá solicitar exames clínicos e laboratoriais. “A colestase neonatal é uma urgência em pediatria e o diagnóstico precoce é imprescindível”, assinala. Leia aqui a íntegra do texto.
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