Nas “Aulas práticas em vídeo”, disponíveis no espaço “Mídias” no portal da revista Residência Pediátrica, foi abordado o tema “Uso profilático de fluconazol em pré-termos extremos colonizados por Candidae”. A apresentação coube à infectologista pediátrica Camila Cabrera, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre a colonização por espécies de Candida e candidíase sistêmica em recém-nascido com extremo baixo peso (RNEBP) e analisar a associação de fluconazol profilático na prevenção de infecção invasiva pela doença.

De acordo com a especialista, tem se observado um aumento na sobrevida de recém-nascidos pré-termo com peso e idade gestacional cada vez menores. Também tem sido constatado um aumento da incidência de infecção fúngica neonatal. “A candidemia é a terceira causa mais comum de sepse tardia com baixo peso ao nascer, chegando a 10% das infecções, e com letalidade elevada, que pode chegar até 50%”, frisa a médica.

NOVO PROCEDIMENTO – Em mensagem de vídeo sobre a forma de estudo realizada pelos residentes da UEL, dra. Jaqueline Dario Capobiango, membro do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e coordenadora da Residência em Infectologia Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, destaca que o artigo proporcionou a interação com o setor de Neonatologia da instituição, realizado em conjunto com o setor de Infectologia, proporcionando uma modificação procedimento.

“Esse artigo fez com que mudasse uma rotina no serviço, uma vez que era realizado o swabe dos recém-nascidos e, aqueles que dessem positivo, é que era inicializado o fluconazol profilático. Depois desse trabalho, e com outras literaturas publicadas sobre o tema, nós modificamos a conduta nos procedimentos”, explica.

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